O tenista sérvio atual número 2 do mundo Novak Djokovic anunciou nesta terça-feira que o ex-tenista alemão Boris Becker não faz mais parte da sua equipe.

"Depois de três anos de muito sucesso, Boris Becker e eu decidimos em conjunto acabar com nossa parceria", escreveu o sérvio na sua página do Facebook. "As metas que estabelecemos quando começamos a trabalhar juntos foram completamente cumpridas e eu quero agradecê-lo pela cooperação, trabalho em equipe, dedicação e empenho".

Djokovic e Becker começaram a trabalhar juntos em dezembro de 2013, e, com o coaching do alemão, Nole conquistou 14 títulos de Masters 1000 e seis Grand Slams: duas vezes o Autralian Open (2015 e 2016), Wimbledon (2014 e 2015), US Open (2015) e Roland Garros. Em 2016, o sérvio ganhou 7 títulos, incluindo Roland Garros, o GS mais desejado por ele. 

Pepe Imaz e Marian Vajda continuam trabalhando na equipe com Djokovic, mas nada foi comentado sobre alguém substituir Boris Becker.

Djokovic perdeu o posto de número 1 do mundo após 122 semanas no topo do ranking da ATP, pouco depois de conquistar o Grand Slam francês. "Meus planos profissionais estão agora direcionados principalmente para manter um bom nível de jogo", disse. "E também fazer uma boa programação e novas metas para a próxima temporada".

Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail no início da semana, Boris Becker deu a entender que a parceria com Djokovic tinha chegado ao fim. "Eu realmente gostei dos últimos três anos". O comentário gerou especulações sobre uma possível discussão com o tenista sérvio sobre a influência de Pepe Imaz, um guia espiritual, indicado pelo irmão do tenista, Marko Djokovic, que passou a integrar a equipe.

Com alguns problemas particulares, Djokovic chegou a declarar em entrevista que tinha perdido a motivação de jogar tênis logo após vencer Roland Garros, colocando em dúvida sua participação nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, mas acabou participando, sendo eliminado precocemente pelo argentino Juan Martin Del Potro.