Na manhã deste sábado (14), o Masters 1000 de Xangai conheceu seu primeiro finalista na chave de simples. O campeão do Masters chinês em 2005 retorna à decisão, podendo faturar o seu sétimo título na temporada e estender ainda mais a sua vantagem no ranking da ATP.

Rafael Nadal, principal favorito do torneio, superou o croata Marin Cilic, cabeça de chave número quatro. Em partida bastante disputada, o espanhol precisou de 2h11 para vencer por 2 sets a 0, parciais de 7/5 e 7/6(3). Esta foi a 16ª vitória consecutiva de Rafael Nadal no circuito, imbatível desde antes do último Grand Slam da temporada. O triunfo deste sábado levou Nadal à sua 46ª final de Masters 1000.

Com isso, o espanhol chega à sua décima final na temporada de 2017, recorde entre os tenistas do circuito. São seis conquistas - Monte Carlo, Barcelona, Roma, Roland Garros, US Open e ATP 500 de Pequim -, contra três vice-campeonatos. Seu adversário na final sairá do duelo entre Juan Martín Del Potro [16] e Roger Federer [2].

Cilic desperdiça chances, Nadal aproveita

(Foto: Yifan Ding/Getty Images)

O primeiro set começou bastante disputado, com os quatro primeiros games durando mais de meia hora de jogo. A princípio, Nadal e Cilic tiveram dificuldades em confirmar seus serviços, e protagonizaram um jogo de muita trocação e potentes golpes. O espanhol teve inúmeras oportunidades de quebrar o serviço do croata, mas não conseguiu aproveitar.

A partir do quinto game, quando o placar apontava 2/2, os sacadores passaram a ter vida um pouco mais tranquila. Todavia, foram raros os games com menos de cinco ou seis pontos jogados. Cilic, conhecido por seus potentes saques, precisou mostrar muito mais do que isso para se manter vivo no set. Ótimo devolvedor, Nadal exigiu solidez e força mental do croata, que respondeu muito bem. O cabeça de chave número 4 não diminuiu a intensidade e seguiu trocando games com o espanhol, chegando a liderar por 5/4.

Servindo para permanecer no set, Nadal se viu acuado pelo ímpeto de Cilic. Tomando o protagonismo dos pontos com muita coragem, o croata abriu 15-40, chegando a dois set points. Todavia, o espanhol emplacou um belo winner de forehand e um saque vencedor para igualar o décimo game da parcial. Após uma dupla falta, Rafa se viu contra as cordas mais uma vez, mas utilizou seu eficiente saque aberto para sair do problema e igualar o set em 5/5.

Os sets points perdidos nitidamente abalaram a confiança de Marin Cilic. Logo no game seguinte, sacando mal e cometendo erros não-forçados, o croata foi quebrado pela primeira vez na partida. Nadal só precisou confirmar para garantir a suada vitória no primeiro set: 7/5.

Quebras, equilíbrio e tiebreak impecável

(Foto: Yifan Ding/Getty Images)

Após a dolorosa derrota por 7/5, Cilic foi testado ao abrir a segunda parcial sacando. O croata conseguiu confirmar bem, mas sucumbiu à enorme confiança de Nadal logo no terceiro game. Sem dar brechas, o espanhol rapidamente abriu 3/1, dando indícios de que o segundo set se desenvolveria rapidamente. Todavia, contrariando os prognósticos, o cabeça de chave número 4 mostrou grande força mental para se manter vivo na partida. No saque, Cilic descontou a desvantagem para 3/2 e foi pra cima, buscando o break que igualaria a parcial.

Jogando ofensivamente e buscando as linhas, o croata conseguiu sua primeira quebra na partida: 3/3. No nono game, quando o placar apontava 4/4, Cilic jogou péssimos três pontos e se viu em um grande buraco: 0-40. Mas o croata não desistiu e, com belíssimos aces e winners consecutivos, conseguiu a vantagem no game. Quando o 'momentum' parecia ter voltado para Cilic, a instabilidade mais uma vez se fez presente: dupla-falta e erro de forehand para perder o serviço. 

Nadal só precisava confirmar para assegurar seu lugar na final. Mas Cilic não deixou. Jogando um game impecável e devolvendo muito bem, o croata reagiu, igualou o jogo em 5/5 e vibrou demais. Os dois tenistas trocaram os games seguintes e a parcial foi para o tiebreak. Na hora decisiva, Nadal se impôs, jogou muito e venceu por 7-3, fechando o set em 7/6.

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Sobre o autor
Nathália Almeida
Carioca e historiadora. Apaixonada por esportes e fã de Roger Federer.