Do dia dois de janeiro ao dia 26 de novembro deste ano, foram realizados 68 torneios do circuito mundial da ATP, sendo desses quatro Grand Slams, dois Finals, nove Masters 1000, 13 ATP 500 e 40 ATP 250. Repassando pelos principais confrontos ocorridos nesta temporada, a VAVEL Brasil elegeu os melhores e fez um top 10, que você confere neste especial.

10 - Julien Benneteau 2x0 Marin Cilic, Masters 1000 de Paris

Aos 35 anos, o francês Julien Benneteau anunciou que jogava pela última vez na carreira o Masters 1000 de Paris, uma vez que pretendia se aposentar ao final da temporada. Sem estar bem colocado no ranking da ATP, o ex-top 25 recebeu um convite da organização.

Começou a semana com uma vitória surpreendente sobre a revelação canadense Denis Shapovalov. Eliminou, na sequência, seu compatriota e cabeça de chave número 11, Jo-Wilfried Tsonga. Cada vez mais confiante, passou pelo top 10 David Goffin nas oitavas de final. Nas quartas de final, teve pela frente o cabeça de chave número três Marin Cilic.

Foto: Getty Images
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Diante do croata campeão de US Open, Benneteau usou toda sua experiência acumulada durante os quase 20 nos de carreira e utilizando-se muito bem da força da torcida, transformou o duelo em uma partida de Copa Davis para fazer uma das melhores atuações de sua vida e derrotar o croata em sets diretos: 7/6 e 7/5. Apesar de eliminado na semifinal, a grande campanha o fez repensar sua aposentadoria. 

9 - Juan Martín del Potro 2x1 Frances Tiafoe, ATP 500 de Acapulco

Logo início da temporada de 2017, pela primeira rodada do torneio mexicano, os tenistas enfrentaram-se em um confronto que, a princípio, não chamava tanta atenção: o campeão de Grand Slam que tentava voltar a ter grandes resultados enfrentaria a jovem promessa norte-americana.

No entanto, ambos jogadores surpreenderam o público: o argentino mostrou-se cada vez mais adaptado à sua condição física e que estava pronto para voltar a brigar entre os melhores, ao passo que seu adversário, provou que merecia a alcunha de "esperança do tênis dos Estados Unidos".

Foto: ATP/ Divulgação
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O confronto pôs de um lado o poderoso serviço e forehand de Del Potro contra o talento de Tiafoe, gerando jogadas espetaculares. Depois de uma longa batalha de duas horas e 31 minutos, Delpo levou a melhor por dois sets a um: 6/4 3/6 e 7/6.

8 - Gilles Muller 3x2 Rafael Nadal, Wimbledon

O espanhol Rafael Nadal vinha de um espetacular início de temporada -  com o vice-campeonato do Australian Open, do Masters 1000 de Miami e dos títulos em Monte Carlo, Madri, Barcelona e Roland Garros - ocupando a segunda colocação do ranking mundial. No entanto, no terceiro Major do ano, existia uma desconfiança sobre "El Toro" devido às suas campanhas nos últimos anos.

O natural de Manacor resistiu às três primeiras rodadas, mas a frustração voltou a ocorrer nas oitavas de final. Dessa vez, para Gilles Muller de Luxemburgo. Vivendo a melhor fase de sua carreira, o veterano e grande sacador mereceu a vitória sobre Rafa em cinco sets: 6/4 6/3 3/6 4/6 e 15/13, depois de quatro horas e 48 minutos.

Foto: Getty Images
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7 - Juan Martín del Potro 3x1 Roger Federer, US Open

Reencontrando um momento de grande fase depois de anos, o argentino e o suíço voltaram a se enfrentar depois de oito anos em Nova Iorque: na última ocasião, Delpo - então com 22 anos - chocou o mundo ao vencer o Grand Slam norte-americano.

Depois de três primeiros sets equilibradíssimos, com 7/5 para o argentino, 6/3 para o suíço e o triunfo de Juan Martín por 10/8 no tiebreak no terceiro set, em confronto marcado pelos ótimos forehands de Delpo e grandes saques de Roger - relembrando a ótima decisão de 2009 - o físico acabou pesando para o suíço. Mesmo esforçando-se, a vitória acabou ficando do lado argentino com 6/4 na quarta parcial. 

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6 - Diego Schwartzman 2x1 Dominic Thiem, Masters 1000 de Montreal

Em um dos últimos torneios Masters 1000 da temporada, o argentino e o austríaco enfrentaram-se pela segunda rodada do torneio canadense. Com resultados ruins nas últimas semanas, Schwartzman não parecia uma grande ameaça ao top 10 Dominic Thiem.

Porém, com grande consistência e confiança em seus golpes - especialmente o backhand - Diego mostrou que estava em uma semana inspirada ao vencer Thiem em três sets extremamente disputados: 6/4 6/7 e 7/6, na maior vitória da carreira do tenista da Argentina.

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5 - Rafael Nadal 3x2 Grigor Dimitrov, Australian Open

Desde sua vitória sobre o então número um do mundo Novak Djokovic em Madri 2013, muita expectativa foi posta no búlgaro Grigor Dimitrov. Entretanto, o apelidado de "Baby Federer" não correspondia dentro das quadras. 

O início de 2017 mostrou-se promissor - assim como confirmou-se ao final da temporada, com o título do ATP Finals - com 11 vitórias seguidas do búlgaro, sendo três delas sobre tenistas do top 10. O grande teste veio no primeiro Major do ano, na semifinal contra Rafael Nadal.

Foto: Getty Images
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Mostrando maturidade, fez partida equilibrada contra o espanhol, levando a decisão para o quinto set. Porém, acabou decepcionando ao se abalar demais com a perda de duas chances de quebra e perdeu por 6/4, em uma de suas melhores apresentações de sua carreira.

4 - Roger Federer 2x1 Nick Kyrgios,      Masters 1000 de Miami

Nas quadras rápidas da Flórida, dois dos mais talentosos tenistas do circuito enfrentaram-se nas semifinais: Roger Federer e Nick Kyrgios. No duelo de gerações, ambos vinham de grandes campanhas: Federer ganhara o Australian Open e Indian Wells, já Nick vinha de duas semifinais.

Esbanjando jogadas espetaculares, como winners de forehand, voleios e lobs, a partida acabou a favor do suíço que foi levemente superior no tiebreak do terceiro set. Nos outros dois sets, Roger levou o primeiro por 11/9 e o australiano respondeu na segunda parcial pelo mesmo placar. 

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3 - Denis Shapovalov 2x1 Rafael Nadal, Masters 1000 de Montreal

Apesar da pouca idade - apenas 18 anos - muita esperança era posta em cima de Denis Shapovalov. No maior torneio seu país, a organização deu uma grande chance a ele, com um wild card para a chave principal do Masters 1000 de Montreal.

Então número 143 do mundo, o canadense salvou dois match points na estreia contra o brasileiro Rogério Dutra Silva. Ganhando confiança, eliminou o argentino Juan Martín del Potro sem perder sets. Uma das maiores partidas de sua vida vinha na sequência: contra o número dois do mundo, Rafael Nadal.

Foto: Getty Images
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Demonstrando muita maturidade emocional, o tenista do Canadá equilibrou o jogo contra o espanhol, com surpreendentes backhands na paralela e winners de forehand para virar a partida, vencendo no tiebreak do terceiro set: 3/6 6/4 e 7/6.

2 - Marcelo Melo/ Lukasz Kubot 3x2 Oliver Marach/ Mate Pavic, Wimbledon

Na história, os brasileiros não tiveram muita sorte no torneio mais tradicional do circuito, Wimbledon, depois das três conquistas de simples de Maria Esther Bueno. Nos últimos anos, dois tenistas foram responsáveis por recolocar o Brasil no topo dos Grand Slams: Marcelo Melo e Bruno Soares.

Depois da chance perdida em 2007, quando fez semifinal com André Sá, e da final perdida para os irmãos Bryan em 2013, Melo voltou a Londres confiante: ao lado de Lukasz Kubot, vinha de dois títulos seguidos na grama. 

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Ganhando confiança depois de virar duas partidas que pareciam perdidas, a dupla do Brasil e da Polônia teve de superar mais uma maratona para realizar um dos maiores sonhos de suas carreiras: em quatro horas e 41 minutos, venceram Marach e Pavic em cinco sets, com parciais de 5/7 7/5 7/6 3/6 e 13/11, para conquistar Wimbledon.

1 - Roger Federer 3x2 Rafael Nadal, Australian Open

A melhor partida do ano, como não podia deixar de ser, envolveu os dois protagonistas da temporada: Roger Federer e Rafael Nadal. Com o início de 2017, ambos voltavam de lesão e estavam longe ser os favoritos ao título do primeiro Major. No entanto, à medida que os principais cabeças de chave, como Andy Murray e Novak Djokovic, eram eliminados, as chances dos veteranos cresciam.

Jogando cada vez melhor, os dois ganhavam confiança a cada rodada e os rumores de mais uma final de Grand Slam decidida em um "Fedal" aumentavam. Depois das vitórias sobre Dimitrov e Wawrinka nas semifinais, eles confirmaram-se: depois de seis anos, Federer e Nadal voltavam a se enfrentar em uma grande final.

E uma das maiores rivalidades do tênis de todos os tempos não deixou a desejar: em mais um emocionante confronto entre os dois, o suíço acabou levando a melhor por três sets a dois, com parciais de 6/4 3/6 6/1 3/6 e 6/3, em três horas e 38 minutos.

Foto: Getty Images
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Sobre o autor
Renato Okabayashi Miyaji
Paulistano. 18 anos. Aficionado por tênis e tricolor de coração. Coordenador de Tênis e redator de Futebol Alemão. https://www.facebook.com/renato.miyaji