Depois de quatro meses de disputa, 108 jogos e muita emoção, a fase classificatória da Superliga Feminina 2017/18 chegou ao fim. Na próxima sexta-feira (9), os times iniciam os playoffs, em busca do principal título do voleibol nacional. Mas, antes da fase decisiva começar, a VAVEL Brasil preparou um resumão contando tudo o que as equipes apresentaram neste primeiro período.   

Praia Clube 

Melhor time da fase classificatória da Superliga Feminina, o Praia Clube, que vem batendo na trave nas últimas temporadas, parece ter entrado de vez no radar da taça da competição. O time de Uberlândia encerrou a primeira etapa na liderança com 61 pontos, quatro a mais que o Sesc RJ, segundo colocado.

A campanha da equipe mineira foi surpreendente, com 21 jogos vencidos em 22 disputados, tendo perdido apenas em um dos encontros com o Rio de Janeiro - ao todo, fora apenas 13 sets perdidos em 22 partidas, o que não dá nem um set perdido por jogo. O Praia é comandado pelo técnico Paulo Coco e tem nomes como a central Fabi e as ponteiras Fê Garay e Amanda.

(Foto: Divulgação/ Praia Clube)
(Foto: Divulgação/ Praia Clube)

A sequência de vitórias do time mineiro foi tão excepcional, que o revés citado só veio na penúltima rodada, e, ainda assim, por 3 sets a 2. O Praia caiu na semifinal da última Superliga para o Osasco e, nesta edição, vem com força máxima para levar o torneio pela primeira vez e quebrar a sequência de cinco títulos consecutivos do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro 

Defendendo o título pela quinta temporada consecutiva, o Rio de Janeiro entra em quadra para a disputa dos playoffs da Superliga, sendo, mais uma vez, a equipe a ser batida. Maior vencedor do torneio nacional, o time do técnico Bernardinho terminou a fase classificatória em segundo lugar, com 57 pontos somados - 20 vitórias e duas derrotas -, apenas atrás da "surpresa" Praia Clube. Nesta edição, inclusive, o time mineiro conquistou a primeira vitória sobre a equipe carioca. Em partida disputada na Arena Jeunesse, as comandadas de Paulo Coco venceram com autoridade: 3 sets a 0, com parciais de 25/16, 25/23 e 25/16. 

No segundo turno, porém, as cariocas deram o troco e tiraram a invencibilidade de 20 jogos das aurinegras. O duelo foi mais equilibrado, mas o triunfo veio no tie-break. 

Principal reforço do time carioca, a ponteira dominicana Peña é um dos trunfos de Bernardinho e pode fazer a diferença na fase decisiva da competição, assim como a companheira de posição Drussyla, um dos pilares da edição anterior. Conhecido pelo bom desempenho coletivo, o Rio ainda conta com a central Mayhara, que com a saída de Carol se tornou titular absoluta e virou peça importante no esquema da equipe.

Outro destaque determinante é a oposta Monique. A atleta aparece como quarta melhor sacadora e está na equipe "dos sonhos" do torneio nesta temporada.

Camponesa/Minas 

O Minas terminou a fase classificatória da Superliga na terceira colocação, com 48 pontos somados após 16 vitorias e seis derrotas. Para a temporada, a diretoria mineira investiu na manutenção da equipe da última do ano anterior e fez contratações pontuais para substituir as jogadoras que deixaram a equipe.

(Foto: Orlando Bento/MTC)
(Foto: Orlando Bento/MTC)

Com isso, a levantadora Macris e a ponteira norte americana, Sonja Newcombe, chegaram à equipe minastenista. O comando técnico também teve mudanças. Stefano Lavarini veio para substituir Paulo Coco, que foi para o rival Praia Clube. Presença constante na fase decisiva da Superliga, o Minas enfrentará o Fluminense na quartas de final.

Osasco 

Finalista em 13 das últimas 15 edições da Superliga, o Osasco novamente chegou como uma das equipes favoritas ao título. A equipe comandada pelo técnico Luizomar de Moura encerrou o turno com sete vitórias e quatro derrotas, totalizando 22 pontos, na terceira colocação.

Já no returno, iniciou de forma arrasadora, vencendo os seis primeiros jogos. Neste período, a equipe disputou e venceu pela terceira vez a Copa Brasil, superando o Rio na semifinal, e o Praia Clube na grande decisão. 

Foto: Foto: João Pires / Fotojump
(Foto: João Pires / Fotojump)

Dando prosseguimento ao torneio, voltou a ser derrotado pelas três equipes melhores colocadas: Praia Clube, Sesc RJ e Minas. Foram os únicos times do campeonato que as osasquenses não conseguiram vencer. A oposta Tandara e a central Bia foram os grandes destaques da equipe. A primeira encerrou a fase classificatória com a maior pontuadora, com 437 acertos, enquanto a meio de rede foi a melhor bloqueadora, com 88 defesas. 

Números gerais da primeira fase: 22 jogos | 15 vitórias | 7 derrotas | 55 sets vencidos | 36 sets perdidos | 2.064 pontos marcados | 1.878 pontos sofridos. 

Hinode Barueri

 Em sua primeira temporada na elite do voleibol nacional, o Barueri encerrou a primeira fase com um bom desempenho: 37 pontos, na quinta colocação, com 13 vitórias e nove derrotas. Com esse números, as comandadas de José Roberto Guimarães garantiram vaga nos playoffs, e terão o Osasco como adversário nas quartas de final, reeditando a decisão do Campeonato Paulista. 

(Foto: Divulgação/ Hinode Barueri)
(Foto: Divulgação/ Hinode Barueri)

Fluminense 

Depois de um bom primeiro turno, com sete vitórias e o quarto lugar na tabela, o Tricolor seguiu com a sequência de vitórias no início do returno. Entretanto, logo na quarta rodada, a equipe teve uma baixa no rendimento e perdeu cinco partidas seguidas. A recuperação se deu na vitória – a primeira do ano – contra o Valinhos, pela oitava rodada, por 3 sets a 0. Após essa partida, o Fluminense engatou uma série de vitórias que o fez terminar a fase classificatória em sexto lugar com 37 pontos (13 vitórias e nove derrotas).

Michele Pavão comandou a equipe em quadra (Foto: Mailson Santana/FFC)
Michele Pavão comandou a equipe em quadra (Foto: Mailson Santana/FFC)


Finalizando a fase classificatória com bons resultados, o Tricolor irá enfrentar o Minas, terceiro colocado, nas quartas de final. O confronto promete ser bastante equilibrado. A primeira partida entre as equipes da série melhor de três será no próximo sábado (10), às 10h30, no Ginásio Hebraica, no Rio de Janeiro.

Já a segunda partida será na Arena Minas, em Belo Horizonte, no sábado seguinte (17), às 15h e, se necessária, a terceira e última partida também será em Belo Horizonte, na terça-feira (20), com horário a definir.

Pinheiros 

Último time a conseguir a vaga nos playoffs, o Pinheiros terminou a fase classificatória em sétimo lugar na tabela, com 31 pontos: nove vitórias e 13 derrotas. Um dos destaques do time paulista foi a oposta Bruna Honorio, segunda maior pontuadora da competição (381 acertos), atrás apenas de Tandara, do Osasco (437). Nas quartas de final, o adversário será o Bauru, mesmo adversário com quem a equipe tricolor duelou nesta fase da competição na temporada passada. 

Vôlei Bauru

A equipe do Vôlei Bauru passou para a fase dos playoffs em oitavo lugar, com 29 pontos conquistados após sete vitórias e 14 derrotas. O time, que estreou na Superliga na temporada passada, contou com grandes contratações que reformaram o elenco. Dessas aquisições, destacam-se a campeã olímpica Mari, Brenda Castillo e Priscila Rivera.

É o segundo ano consecutivo que o time se classifica para a fase mata-mata. Na última temporada, ficou em quinto lugar. Com a chegada de Tiffany, primeira jogadora transexual a atuar na Superliga, a equipe subiu de patamar. O ótimo desempenho da ponteira/oposta, destaque da atual edição com a maior média de pontos por set, levou o time bauruense aos playoffs. O adversário nas quartas de final será o Praia Clube. 

(Foto: Divulgação/ Vôlei Bauru)
(Foto: Divulgação/ Vôlei Bauru)

São Caetano 

O sentimento foi de frustração ao final da última rodada da primeira fase, na vitória por 3 sets a 1 sobre o Bauru. A equipe do ABC Paulista terminou a etapa regular na nona colocação, com 10 triunfos e 12 revezes. Apesar do número de vitórias ser maior que do Pinheiros (9) e Vôlei Bauru (7), sétimo e oitavo colocado, respectivamente, o Sanca ficou de fora dos playoffs por ter menor pontuação que os concorrentes: 31 > 29 > 28. A equipe foi a única a perder para o rebaixado Sesi-SP.

BRB Brasília 

O BRB/Brasília Vôlei apostou nas remanescentes Mari Helen, Lê Bonardi, Bia Martins e Vivian Lima. Em companhia de 12 atletas contratadas, a equipe do Distrito Federal trouxe um velho conhecido para assumir o comando técnico: Sérgio Negrão. As brasilienses esperavam repetir o feito da temporada passada, quando chegaram aos playoffs, ficando em sexto. Contudo, o Brasília terminou a temporada com cinco vitórias e 17 derrotas. Como consequência, ficou na 10ª posição, seis pontos à frente do rebaixado Valinhos.

Renata Valinhos Country

Após a queda na temporada passada, o Valinhos retornou à elite do voleibol nacional depois da desistência do Rio do Sul. No entanto, a jovem equipe do interior paulista novamente não teve um bom desempenho: foram duas vitórias e 20 derrotas em 22 jogos. 

Sesi-SP

Sem o mesmo investimento de outrora, o Sesi-SP teve a sua pior participação em uma edição da Superliga. Com apenas uma vitória - conquistada sobre o São Caetano - e ínfimos 15 sets vencidos, o tradicional time alvirrubro acabou em último lugar na tabela. O rebaixamento, porém, não deve trazer grandes consequências. No fim de 2017, Sesi e Vôlei Bauru anunciaram uma parceria para a próxima  temporada. Como o Sesi entrou como parceiro do projeto, será ‘salvo’ do rebaixamento. Disputará a próxima Superliga como "Sesi Vôlei Bauru"


Colaboração: Ana Clara Soares, Bruno Vasconcellos, Felipe de Oliveira, Isabelly Morais, Izabelle França, Rafaella Meirelles, Renan Valim e Thaís Alcântara.