O último capítulo da temporada da Superliga Masculina 2017/18 colocou o Sada Cruzeiro e o Sesi-SP frente a frente pela quarta vez na história do torneio. Na manhã deste domingo (6), diante de um ginásio do Riacho lotado, as equipes se reencontraram na decisão - a primeira disputada em duas partidas. Repetindo o placar do primeiro duelo - 3 sets a 2 (25/16, 17/25, 25/22 e 23/25, 22/20), o Cruzeiro se sagrou hexacampeão ao vencer o adversário paulista pela terceira vez.

Dominando o cenário do Vôlei masculino nas últimas temporadas, o Sada Cruzeiro tinha a chance de consagrar mais um trabalho contra um adversário conhecido nas decisões. Ao Sesi-SP, restava reverter o resultado da primeira partida e levar o o jogo para o super set para conquistar o bicampeonato do torneio. Não faltou emoção, muito menos vontade. Após um 3 sets a 2 no primeiro confronto, a equipe paulista lutou até o fim pela taça, entretanto, a raposa mostrou porque detém a hegemonia por seguidos anos, conquistando o pentacampeonato ininterrupto da competição nacional.

Resumo da partida

A partida iniciou com o Cruzeiro imprimindo pressão no saque e, dessa forma, dificultando a recepção da equipe do Sesi-SP. O time mineiro atuava dentro de suas características e envolvia o adversário logo no começo do primeiro período, assim abrindo vantagem confortável no marcador.

Preocupado com a postura do seu time, o técnico Rubinho gastou os dois pedidos de tempo quase em sequência. A reação veio, no entanto, não foi suficiente no objetivo de parar a equipe da casa. Com o fundamento de ataque em evidência, o Cruzeiro fechou o set em 25 a 16 e largou na frente na segunda partida da finalíssima.

No segundo set o jogo se inverteu, quem passou a forçar o saque foi o Sesi-SP e a dificuldade de recepção e virada de bola passou para equipe do Sada Cruzeiro. Apesar de um começo equilibrado, não demorou para o time paulista começar a construir sua vantagem no marcador.

Em dificuldade, a equipe celeste buscava saídas com o oposto Evandro no ataque, mas o adversário visitante estava convicto no empate e explorava com eficiência o erro adversário. Fechando o set em 25 a 17, o Sesi empatou a partida em 1 a 1.

Depois de duas etapas com superioridade imposta por cada um dos times, o terceiro set se pôs equilibrado. Atuando de forma estratégica, tanto Cruzeiro quanto Sesi variavam o saque durante a parcial e isso influenciou diretamente no desenrolar do jogo. Em um período sem pontos de saque, o ataque fez a diferença no fim. Demonstrando a força costumeira na hora decisiva, jogando com o passe na mão e agressividade, o time mineito fechou o set em 25 a 22 e retomou a vantagem no placar da partida com o 2 a 1.

Para continuar vivo na busca pelo bicampeonato, o Sesi precisava empatar o jogo novamente e levar a decisão para o tiebreak. Procurando errar menos, a equipe paulista cadenciou o saque e permaneceu fazendo um jogo mais estratégico. Diferente do visitante, o Cruzeiro continuou executando o jogo que deu certo no fim do set anterior.

Porém, ao forçar o saque, os mineiros passaram a cometer mais falhas e, de forma inteligente, o Sesi-SP passou a atuar no erro do adversário. Em mais uma parcial equilibrada, a equipe paulista soube segurar o ímpeto cruzeirense, fechou o set em 25 a 23 e deixou tudo para o set desempate.

O confronto decisivo se estendeu e o Sesi-SP tinha a última cartada, era vencer o jogo e levar a decisão para o super set. Como em uma grande final, não faltava intensidade para as duas equipes, por isso, o tiebreak ocorreu com extremo equilíbrio. Sada Cruzeiro e Sesi-SP não se entregavam, característica que levou a partida ao mais alto nível de um jogo de voleibol.

Mesmo com o nervosismo presente de ambos os lados, prevaleceu a experiência nos momentos decisivos. Em um set que iria a 15 pontos, o Cruzeiro conquistou o hexacampeonato fechando a parcial de desempate em 22 a 20 e vencendo o jogo por 3 sets a 2, assim como na primeira partida da finalíssima.