Campeã olímpica, pentacampeã do Grand Prix, bicampeã sul-americana, campeã do mundo e tetracampeã da Superliga. O currículo de Sassá é vasto e, em 2016, a ponteira ganhou um novo desafio: ser a capitã do Fluminense na volta à Superliga, após 25 anos. 

Em setembro, a capitã Sassá comandou a equipe tricolor na conquista do título de Campeão Carioca de Vôlei Feminino. Enfrentando o Rio de Janeiro, que buscava o 13º título seguido, o Fluminense venceu com o apoio da torcida e a garra das jogadoras. Após o título do estadual, o novo desafio do Fluminense era a Superliga 2016/2017, que voltava a jogar após 25 anos. Com Sassá como líder, o clube de Laranjeiras conquistou a classificação para a próxima temporada e passou para os playoffs. 

Na última segunda-feira (20), Fluminense e Osasco realizaram o segundo jogo das quartas de final. As paulistas, que já haviam vencido o primeiro jogo por 3 sets a 0, fizeram um ótimo jogo e venceram novamente a partida. Com isso, não foi preciso realizar o terceiro jogo e o Osasco se classificou para as semifinais. 

Após a partida, Sassá, um dos destaques da partida, fez questão de agradecer ao clube e à torcida pelo apoio recebido. "Primeiro eu tenho que dar os parabéns pra equipe, dar parabéns pra comissão técnica, agradecer pela confiança. Desde a pré-temporada a gente lutando, a gente trabalhando, a gente tinha os nossos objetivos. Fica aqui meu agradecimento, à torcida que compareceu hoje, lotou a Hebraica e empurrou a equipe desde o primeiro ponto até o final. Eu, sinceramente, não tenho o que falar dessa emoção que a torcida passa pra gente", disse emocionada.

Para o Fluminense, o objetivo era conseguir a classificação para a próxima temporada da Superliga e foram além. Apesar de não ter conseguido passar para as semifinais, Sassá acredita que a campanha tricolor foi boa. "A gente conseguiu alcançar nosso primeiro objetivo que era a classificação, depois vieram novas metas, e a gente tentou da melhor forma possível lutar contra a equipe de Osasco, que é realmente uma equipe muito forte. A gente tentou dar o nosso melhor ali, mas não conseguimos. O nosso objetivo realmente era prolongar nossa vida na Superliga, o mais longo que a gente conseguisse chegar, mas não foi possível hoje", afirmou. 

Sassá, que já passou por grandes times do vôlei brasileiro, como Rio de Janeiro, Osasco e Sesi-SP, lembrou da grandeza do Fluminense, principalmente no vôlei: "é uma honra jogar no Fluminense, uma equipe de futebol, de camisa e de tradição, principalmente no vôlei.  Acho que muita gente não sabe mas o Fluminense é o primeiro campeão brasileiro de vôlei, a 25 anos atrás o campeão foi o Fluminense. Então pra mim é uma honra muito grande estar vestindo essa camisa, representando o voleibol dentro do Fluminense de novo".

Para a próxima temporada, o Vice de Esportes Olímpicos do Fluminense, Márcio Trindade, confirmou que o projeto de vôlei do tricolor não terminou e que estão em busca de patrocínio para a próxima temporada. Sassá garantiu que quer ficar no Fluminense e torce para que tudo dê certo. "Eu espero que a gente continue, a minha vontade com certeza é de continuar, eu criei uma afinidade muito grande aqui com a comissão técnica, com o clube, é um clube muito acolhedor. Então eu vou torcer para que tudo dê certo, pra gente continuar junto mais um ano", concluiu.