Dando início à série melhor de cinco pela semifinal da Superliga Feminina de Vôlei, o Camponesa/Minas recebeu o Rexona-Sesc, na noite desta sexta-feira (31), na Arena Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. Apesar do apoio da torcida minastenista, o time carioca foi superior e fechou o jogo sem dar chance às donas da casa, por 3 sets a 0, com parciais de 20/25, 19/25 e 18/25. O Viva Vôlei ficou com Gabi, ponteira carioca.

A tarefa do jovem time mineiro era difícil, mas vencer em casa era fundamental. No entanto, diante da equipe de melhor campanha da competição, atual campeã da Superliga e maior vencedora da história do vôlei feminino brasileiro, o Minas até tentou, mas o Rio de Janeiro foi soberano do início ao fim.

As equipes voltarão a se enfrentar na próxima terça-feira (4), pelo segundo jogo da série, no ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro. O time carioca optou por fazer a primeira partida fora de casa, já que possui a vantagem de definir a sequência dos confrontos.

Minas começa bem, mas Rio demonstra força

Com a Arena Minas completamente lotada, a levantadora Naiane deu o saque inicial e logo aconteceu o primeiro rally do confronto. O duelo começou com altíssima intensidade, extremamente disputado, ponto a ponto. Pelo Minas, a jovem levantadora começou bem, distribuindo boas bolas e desequilibrando a defesa adversária. Mas, pouco a pouco, o time comandado por Bernardinho acordou e passou a jogar de forma bem mais organizada.

Com 8 a 7 no placar e o Rio de Janeiro à frente, Paulo Coco parou o jogo pela primeira vez. O Minas voltou bem, mas continuou cometendo erros pontuais, deixando que o time carioca começasse a abrir vantagem. O duelo tático também se manteve acirrado, já que o treinador do Minas parou novamente o jogo e logo foi a vez de Bernardinho.

Em desvantagem, todas as apostas da equipe minastenista passaram a ser na norte-americana Hooker, mas as diversas tentativas foram frustradas. Time nervoso e, consequentemente, a torcida também, manifestando sobre os diversos possíveis erros de arbitragem. Como Paulo Coco não podia mais parar a partida, as tentativas passaram a ser as substituições e inversões, mas de nada adiantou. Com 24 a 20 no placar para o Rio, Gabi sacou e o Minas tentou pela última vez na primeira parcial, já que Jucielly bloqueou bem Jaqueline: 25 a 20.

Rio aproveita nervosismo das donas da casa

O segundo set começou com erros de saque de ambos os lados. Assim como na primeira etapa, os primeiros minutos foram parelhos e ponto a ponto, após defesas incríveis. O Minas até voltou melhor, mas, em seguida, o desempenho oscilou - uma das características negativas do time na temporada.

Ao perceber o nervosismo da jovem equipe, Paulo Coco parou o jogo duas vezes antes mesmo do Rio marcar o 15º ponto. Do outro lado, o Rio de Janeiro de Bernardinho se manteve organizado, explorando bem os erros da equipe minastenista. Consequência disso foi novamente o domínio e a vantagem elástica no placar.

Com 23 a 17 no marcador, o Minas chegou a ensaiar uma reação, mas não foi suficiente. Mais uma vez, erros pontuais foram fundamentais para que as donas da casa não revertessem a desvantagem. Por fim, Jaqueline foi para o saque, a torcida se levantou, mas Gabi colocou a bola no chão e deu números finais à segunda parcial: 25 a 19.

Soberano, Rio fecha o jogo

As donas da casa voltaram melhor para a terceira etapa, enquanto o Rio de Janeiro buscava soluções para não deixar as adversárias gostarem do jogo. Obviamente, o Minas foi para o tudo ou nada e começou a ensaiar uma reação, mas o nervosismo fez com que a equipe seguisse cometendo erros bobos. Paulo Coco parou uma, duas, tentou e tentou. Naiane, que havia começado na partida, não manteve o alto desempenho, enquanto Hooker, Rosamaria e Carol Gattaz também estiveram apagadas no jogo.

Com 18 a 14 no placar, o comandante minastenista desfez as inversões. Naiane e Hooker voltaram para a quadra, eram as últimas esperanças das donas da casa. No desenrolar do terceiro set, o descompasso do time era vísivel, sobretudo no desequilibro psicológico. Do outro lado, o time de Bernardinho seguia alinhado, aproveitando todas as oportunidades.

O cenário era apenas um, embora o Minas demonstrasse garra e ainda acreditasse em uma reação. A torcida pediu ace de Hooker e a resposta foi uma bela largadinha de Gabi. Um belo ace de Monique para o Rio silenciou a arena. O último suspiro foi no saque de Jaqueline, mas Gabi acabou com todas esperanças das 3.600 pessoas presentes na Arena Minas: 25 a 20.