Inspirado em uma constelação, o brasão do Cruzeiro carrega cinco emblemáticas estrelas. Bastante representativas, elas formam a identidade do clube e dão letras a cantos de sua torcida apaixonada. Na manhã deste domingo (7), no entanto, as cinco estrelas ganharam uma nova função: simbolizar cada edição da Superliga Masculina de vôlei vencida pela equipe celeste.

O Cruzeiro bateu o Taubaté por 3 sets a 1 e faturou seu quinto título da competição mais importante do vôlei brasileiro. Os 13.956 torcedores presentes no ginásio Mineirinho presenciaram a conquista da equipe mineira, construída com as parciais 25/22, 25/22, 18/25 e 25/19.

Nesta temporada, o Cruzeiro já faturou o Campeonato Mineiro, o Sul-Americano, a Supercopa e o Mundial de Clubes. A sétima final consecutiva do time celeste na Superliga rendeu ao clube mais um troféu para a temporada, que só não foi perfeita pela queda na semifinal da Copa do Brasil, diante do Sesi-SP.

Na primeira fase, o Cruzeiro terminou em primeiro, com o Taubaté vindo logo atrás. Depois de passar por Canoas e Campinas, os mineiros carimbaram seu passaporte para a decisão, onde encontraram os paulistas, que deixaram para trás Juiz de Fora e Sesi-SP.

Equilíbro do primeiro set se desenrola em vitória do Cruzeiro

O duelo no Mineirinho começou equilibrado e aquecido pelo barulho ensurdecedor que vinha das arquibancadas. Um saque desconcertante de Evandro para cima dos paulistas atrapalhou a linha de passe dos visitantes, e Leal deixou os donos da casa com 8 a 5 após cravar bola no chão. Um bloqueio de Lucarelli sobre ataque do oposto celeste, no entanto, virou para o Taubaté: 14 a 13

Uma das principais armas da equipe do Vale do Paraíba era o bloqueio, enquanto bolas de meio com Isac e Simon foram, ao longo do set, sendo as jogadas de segurança do levantador William. Entre empates e viradas na parcial, que foi se desenhando de forma muito parelha, um ace do cubano Leal deixou os mandantes com 22 a 19 no placar. Um saque para fora do ponteiro Lucarelli, do Taubaté, encerrou o primeiro set no Mineirinho: 25 a 22 para o Cruzeiro.

Taubaté começa bem, mas Cruzeiro leva a segunda etapa

O Taubaté iniciou a segunda parcial com uma postura bastante rígida e abriu 7 a 3 contra os donos da casa após ataque de Lucarelli - o que forçou o técnico Marcelo Mendez a parar o jogo. A solicitação do comandante celeste funcionou, e um ace de Evandro deixou tudo igual: 8 a 8. O panorama equilibrado da etapa inicial foi dando o tom do segundo set, que não registrava placar elástico.

Um ataque de Wallace para cima de Leal colocou os paulistas à frente, 17 a 15, o que voltou a preocupar Marcelo Mendez. Os visitantes não se intimidavam com o apoio majoritário da torcida celeste no Mineirinho e seguiram administrando a importante vantagem de dois pontos. Mas essa diferença foi invertida a favor dos donos da casa, quando Simon acertou uma bola de meio para fazer 23 a 21. O levantador celeste William, com um bloqueio, fechou o segundo set em 25 a 22

Ótimo início do Taubaté segue até o fim, e paulistas fecham o terceiro set

Perder a final em três sets ou buscar uma sobrevida na grande decisão? Com o placar desfavorável em 2 sets a 0, Japa usou o bloqueio celeste e colocou o Taubaté com a maior vantagem conquistada pelos visitantes até então: 10 a 4. Os mineiros conseguiram diminuir, mas ainda assim, os paulistas seguiram com certa diferença, mantendo-se três pontos à frente. 

Uma diagonal curta de Lucarelli deixou o Taubaté com 20 a 16 no placar, ponto que foi seguido por um ataque potentíssimo de Evandro para o Cruzeiro. Saque na quadra, bola no chão: o central Éder, do Taubaté, acertou um ace para finalizar o terceiro set em 25 a 18 e manter viva a esperança do título inédito dos paulistas.

Cruzeiro faz grande etapa e conquista o penta na Superliga

No quarto set, enquanto uma vitória do Cruzeiro significaria o título para o time celeste, um triunfo paulista representaria a chance de levar o duelo para o tie-break. Embaladas pela tensão da etapa, as equipes foram construindo uma parcial bem apertada. Um saque de Evandro não foi bem recepcionado pelo Taubaté, que cedeu a bola nas mãos de Filipe. Subindo na rede, o ponteiro fez 13 a 7.

Evandro foi um dos protagonistas da quarta parcial no Mineirinho, que teve um ace de Leal fazendo 19 a 11. O torcedor celeste nas arquibancadas do ginásio cantou ainda mais alto quando Filipe venceu o bloqueio paulista e deixou os mandantes com 21 a 13. Soberano, impecável, o Cruzeiro levou o quarto set por 25 a 19, com bola rebatida de Isac, e faturou o pentacampeonato da Superliga Masculina de vôlei 2016/2017.

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