Com parciais de 25/20, 23/25, 25/20 e 25/19, o Brasil venceu os Estados Unidos por 3 sets a 1, na tarde desta sexta-feira (7), na Arena da Baixada, e conquistou a vaga na decisão da Liga Mundial. Jogando com muita personalidade, os "meninos de ouro" fizeram uma partida segura, e tiveram o oposto Wallace como destaque do jogo, com 18 pontos anotados.

Maior vencedor da competição, com nove conquistas (1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2010), o Brasil terá a França como adversário na decisão que será disputada neste sábado (8), às 23h05, na Arena da Baixada. Os franceses passaram pelo Canadá por 3 sets a 1, parciais 25/19, 22/25, 25/19 e 25/21.

Em 12 partidas disputadas nesta Liga Mundial, o Brasil conquistou nove vitórias. Já a equipe europeia foi derrotada apenas uma vez tendo disputado o mesmo número de jogos. 

O técnico Renan Dal Zotto comemorou a vaga para a decisão, salientando o empenho de seus comandados em toda a competição. 

“Estamos muito felizes pelo desempenho da equipe hoje e pela conquista de uma disputa para essa grande final. Tivemos pouco tempo, já que só conhecemos o adversário ontem à noite, depois do jogo, para estudar o adversário, para nos preparar, mas fiquei bastante feliz pelo comprometimento e por tudo que conseguimos durante essa Liga Mundial. Crescemos como time, isso foi muito bom e chegamos nessa final em um bom momento”, afirmou Dal Zotto.

Maior pontuador da partida, com 18 acertos (16 de ataque e dois de bloqueio), o oposto Wallace contou qual foi a estratégia utilizada pela seleção brasileira para conquistar a vitória. 

“Hoje erramos menos, até pelo fato deles não terem tido a oportunidade de jogar com a claridade do dia. Estudamos muito o time deles, sabíamos que eles não têm exímios passadores e entramos com a mentalidade de forçar o nosso saque e, caso não desse certo, mudaríamos para o flutuante”, comentou Wallace.

O jogo

O primeiro set foi um resumo de como o Brasil se apresentou nesta fase final da Liga Mundial. Concentrada, a seleção brasileira soube fazer valer o mando de quadra e, no embalo da torcida, abriu 3/0, sendo o primeiro ponto um ace espetacular de Maurício Souza.

Destemida, a jovem seleção norte-americana não se deixou intimidar. Correu atrás do prejuízo, diminuiu a vantagem dos brasileiros, porém, pecava em um dos principais fundamentos: o saque. O Brasil errou pouco, apenas três vezes no período, e aproveitou as dez falhas dos adversários para fechar o set: 25 a 20.

( Foto: Valterci Santos/MPIX/CBV)
(Foto: Valterci Santos/MPIX/CBV)

Os EUA passaram à frente do placar pela primeira vez no jogo, fazendo 6/7. Com mais tranquilidade, os erros dos americanos diminuíram, e o jogo encaixou. Christenson fazia bem a distribuição, com isso, os EUA abriram quatro pontos de vantagem, oriundos dos saques de  Sander: 9/13. Então, Renan Dal Zotto parou o jogo, conversou com a equipe e de quebra desestabilizou os rivais.

Após a parada, o Brasil pontuou quatro vezes seguidas, empatando a partida 13/13, mas com erros nos saques de Maurício Borges e Lucão, os EUA retomaram a dianteira no placar. Liderada por Sander, a equipe americana fechou o set: 25 a 23.

Com muita concentração, o Brasil iniciou o terceiro período forçando o erro americano através das pancadas no saque de Maurício Borges. A estratégia funcionou a assim a seleção brasileira marcou os quatro primeiros pontos do set. Os EUA descontaram, mas cometendo muitos erros no saque, o Brasil conseguiu administrar a vantagem que abrira no início do set, sempre mantendo cinco pontos sobre os estadunidenses.

O momento de maior tensão com quando através de um ace de Smith, os americanos diminuíram o prejuízo para apenas dois pontos. Mas, novamente um pedido de tempo de Dal Zotto quebrou ritmo dos rivais, e o Brasil venceu o período com tranquilidade: 25 a 20.

(Foto: Valterci Santos/MPIX/CBV)
(Foto: Valterci Santos/MPIX/CBV)

Precisando da vitória, os Estados Unidos se lançaram ao ataque, procurando forçar o saque, já que a recepção brasileira havia demonstrado certa fragilidade. O período, então, foi equilibrado, até Maurício Borges explorar o bloqueio americano e 14/12. A vantagem não era grande, mas a seleção comandada por Renan Dal Zotto teve a maturidade para não perder a concentração, como acontecera em outros momentos. Os ralis intensificaram-se, no entanto, desta vez, os donos da casa levaram a melhor: 25 a 19.