O primeiro turno da Superliga Feminina 2017/18 chegou ao fim no último domingo (10). As meninas presentearam os fãs de voleibol com belos jogos e muita emoção. Da campanha irretocável do Praia Clube à estreia de Tiffany pelo Bauru, primeira trans a disputar um jogo pela competição. Foram momentos de muita expectativa, alegria e tensão. 

A editoria de vôlei da VAVEL Brasil preparou um resumo contando o que as equipes apresentaram nesta fase da competição, destacando o desempenho de cada uma delas. 

Dentil/Praia Clube

Uma campanha surpreendente, um turno excepcional e uma trajetória invicta. O Praia Clube encerrou a primeira metade da Superliga Feminina de vôlei na ponta da tabela sem perder nenhuma partida. A equipe mineira vem batendo na trave nas últimas edições do torneio, mas desta vez tem apresentado atuações que enchem os torcedores de Uberlândia de esperanças pelo título inédito da competição.

Com 33 pontos somados através de 33 sets vencidos e apenas dois perdidos, a equipe abriu cinco de diferença para o segundo colocado, Sesc RJ. A contratação de peças como a líbero Suéllen e as ponteiras Fê Garay e Amanda foram alguns dos acertos do técnico Paulo Coco, que deixou o Minas para o clube do Triângulo Mineiro.

Sesc- RJ

Sempre apontado como o time a ser batido, o Sesc-RJ terminou o primeiro turno na vice-liderança após vencer o Osasco no tie-break, fora de casa. As paulistas, que são rivais de longa data, não assustam na tabela. O time está seis pontos atrás das cariocas. O Rio de Janeiro permaneceu invicto na Superliga até o confronto contra o líder Praia Clube, partida que perdeu por incríveis 3 sets a 0. Foi a primeira vez que o time mineiro venceu as cariocas na competição nacional. O Sesc RJ soma 28 pontos, cinco atrás do Praia Clube.

Vôlei Nestlé/Osasco 

O turno do Osasco ficará marcado pela perda de uma invencibilidade de 25 jogos (desde 2015) no ginásio José Liberatti, em partidas válidas pela Superliga. Na oportunidade, o time da casa foi superado pelo Camponesa/Minas no tie-break. O líder Praia Clube e o  vice-líder Sesc-RJ também foram algozes do time osasquense neste primeiro momento do campeonato. Sendo assim, a equipe comandada pelo técnico Luizomar de Moura encerrou o turno com sete vitórias e quatro derrotas, totalizando 22 pontos, na terceira colocação.

(João Pires / Fotojump)
(Foto: João Pires / Fotojump)

Além disso, o Osasco teve três atletas na seleção do turno da Superliga: Tandara (maior pontuadora - 231 pontos, média 5,02 por set), Bia (melhor bloqueadora - 51 pontos nesse fundamento) e Ninkovic (central). 

Camponesa/Minas

A última participação do Camponesa/Minas na Superliga Feminina foi heroica. A equipe caiu na semifinal após levar a série até o máximo de cinco partidas com o Sesc RJ, posteriormente campeão. Para esta temporada, o time perdeu algumas jogadoras, como a levantadora Naiane, que deu lugar à chegada de Macris. No comando técnico, Paulo Coco foi para o Praia Clube, vaga ocupada pelo italiano Stéfano Lavarini. O clube minastenista encerrou o primeiro turno na quarta posição, com 21 pontos, reabilitando-se depois de um começo com duas derrotas seguidas em casa para times modestos.

Fluminense 

Com aumento no investimento e reforços de peso como Thaisinha e Michelle, o Fluminense chegou para a temporada 2017/18 com altas expectativas. Após uma ótima estreia com vitória ante ao Vôlei Brasília, o time de Wylmer Dias caiu de rendimento e amargou resultados ruins consecutivos, caindo consideravelmente na tabela de classificação. Mas o Tricolor queria, de qualquer maneira, ser protagonista no primeiro turno da Superliga.

Mostrando muita força e união do elenco, o Flu voltou a atuar em altíssimo nível, contando com jornadas inspiradas de suas ponteiras e de Renatinha, símbolo da raça e da dedicação desta equipe. Em um piscar de olhos, o clube das Laranjeiras embalou cinco vitórias consecutivas, encerrando a primeira fase em quarto lugar, com sete vitórias e quatro derrotas.

Hinode Barueri

Em sua primeira temporada na Superliga Feminina, o Barueri fechou o turno com um retrospecto regular. O projeto do técnico José Roberto Guimarães tem apenas um ano de vida, mas já começa a ganhar consistência em seu primeiro objetivo, que é garantir classificação às oitavas do torneio nacional.  

Após contratações de peso, como a ponteira Jaqueline e a central Thaísa, bicampeões olímpicas com a Seleção brasileira, a equipe do interior de São Paulo terminou a primeira fase em sexto lugar, com 18 pontos conquistados (seis vitórias e cinco derrotas) e busca cada vez mais entrosamento para melhorar o desempenho dentro de quadra.

Esporte Clube Pinheiros 

Entre altos e baixos, o Pinheiros teve uma campanha satisfatória, ganhando ainda mais força para brigar por uma vaga nos playoffs da competição. Sétimo colocado, com 18 pontos, a equipe tricolor teve oposta Bruna Honório como principal destaque. Bruna foi a segunda maior pontuadora do turno, com 190 pontos. 

São Cristovão Saúde/São Caetano

O São Caetano começou a temporada com o planejamento inicial de se manter entre os oito primeiros times da Superliga Feminina e até o momento tem conseguido manter a meta. Com cinco vitórias e seis derrotas, a equipe soma 14 pontos e fechou o primeiro turno na oitava posição. Com o resultado, a equipe comandado por Hairton Cabral, conseguiu a classificação para disputar a Copa do Brasil, na qual perdeu nas quartas de final para o Praia Clube. 

Vôlei Bauru

Foto: Marcelo Ferrazoli/Vôlei Bauru
(Foto: Marcelo Ferrazoli/Vôlei Bauru)

Embora tenha tido um desempenho modesto no turno da Superliga, conquistando apenas três vitórias em 11 jogos, o Vôlei Bauru marcou história na competição. O clube contratou a ponteira/oposta Tiffany, primeira transexual brasileira a atuar no vôlei feminino após concluir o processo de mudança de sexo. A atleta recebeu permissão da FIVB e teve a liberação médica da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para atuar. Tiffany estreou na última rodada, diante do São Caetano, marcando 15 pontos.  

BRB Brasília Vôlei

Depois de uma reformulação na equipe para a nova temporada, com apenas quatro jogadoras renovadas, o Brasília tinha o objetivo de fazer uma campanha tão boa quanto a última, quando chegou aos playoffs. Com novo técnico e 12 atletas recém contratadas, cinco vindas do juvenil, a equipe encerrou o turno na décima colocação, com três vitórias e oito derrotas. 

Renata Valinhos/Country

O Valinhos encerrou o turno da Superliga com quatro pontos e apenas com a vitória por 3 sets a 1 sobre o Sesi-SP. A equipe do interior paulista era apenas um participante da Superliga B, porém, com a desistência do Rio do Sul, o time herdou a vaga do conjunto catarinense e retornou à elite do vôlei feminino nacional após ter caído na temporada anterior. 

Sesi-SP

Com investimento modesto, o objetivo do Sesi-SP, no início da competição era, ao menos, chegar nos playoffs. Lanterna da Superliga, com apenas um ponto conquistado (nenhuma vitória), a equipe vermelha terá que conseguir uma impressionante recuperação para atingir tal meta. 


Colaboração: Ana Clara Soares, Bruno Vasconcellos, Felipe de Oliveira, Isabelly Morais, Juliana Cristina, Nathália Almeida e Renan Valim.