A 115ª edição do Paris-Roubaix foi muito atacada desde o início e nunca houve uma fuga que ultrapassasse o minuto e meio de vantagem para o pelotão.

Com os favoritos sempre bem posicionados, o primeiro a tentar a sua sorte foi Tom Boonen, que disse e cumpriu: “Não vou ficar no pelotão e esperar nas minhas últimas corridas”. O belga acelerou o ritmo no Arenberg e nos próximos setores, mas com isso só conseguiu desgastar o pelotão e deixá-lo menos numeroso.

A cerca de 72km da meta Peter Sagan lança-se para a frente da corrida com a companhia do seu colega Macej Bodnar e de mais dois corredores. Parecia um ataque muito interessante, pois não havia grande organização no grupo perseguidor, mas o campeão do mundo furou e ficou para trás.

Com a corrida completamente lançada, Greg Van Avermaet aproveitou os ataques de Gianni Moscon, Jasper Stuyven e Langeveld para chegar à frente da corrida e estar em posição favorável. Quem o seguiu foi Zdenek Stybar, companheiro de Tom Boonen. Isto deixou o experiente belga com a impossibilidade de trabalhar para diminuir a vantagem. Nesta altura, Sagan, que se encontrava no grupo de Boonen, fura e fica completamente fora da corrida. Terminou em 38º.

À passagem pelo famoso Carrefour de L’Arbre, Avermaet aumentou o ritmo e conseguiu deixar para trás o jovem Moscon e o sempre perigoso Jasper Stuyven. A partir daí foi apenas controlar a vantagem até final.

À passagem da flame rouge, os três líderes começaram a abrandar e a estudar as jogadas uns dos outros, isso fez com que a 500 metros do fim, Moscon e Stuyven se chegassem de novo. O italiano foi o primeiro a atacar, Stybar respondeu muito forte, mas Avermaet provou a sua superioridade e venceu ao sprint., relegando Stybar para o 2º posto e Langeveld para o 3º.

Tom Boonen, na sua última corrida, deu tudo, mas as circunstâncias não lhe permitiram mais que o 13º lugar.

Os portugueses Nélson Oliveira e Nuno Bico, ambos da Movistar, caíram e acabaram por desistir.  

Para acabar, realçar a temporada fantástica que Avermaet está a ter, com várias vitórias importantes e classificações de relevo. É, por isso, o novo líder do ranking da UCI.