A Volta a França em bicicleta de 2017, culminou com Chris Froome (Sky) pela quarta vez a subir ao lugar mais alto do pódio em Paris. Depois de já o ter feito em 2013, 2015 e 2016, o britânico voltou a provar que é o mais forte deste pelotão no que toca a Grandes Voltas e aproxima-se cada vez mais dos recordes desta prova. Rigoberto Uran (Cannondale) acabou no segundo lugar da geral e Romain Bardet (AG2R) fechou o pódio. Nos outros prémios, Michael Matthews (Sunweb) ganhou pela primeira vez a camisola verde, Warren Barguil (Sunweb) foi o Rei da Montanha e Simon Yates (Orica-Scott) sucedeu ao seu irmão como melhor jovem da prova.

Foi uma corrida muito pensada, não muito atacada e sempre com 5/6 homens a conseguirem equivaler-se. E quando assim é, quem ganha é a Sky com os seus “ganhos marginais”. Começaram logo na primeira etapa, no prólogo de Düsseldorf, ganho por Geraint Thomas e onde Chris Froome ganhou logo mais de 30 segundos para os seus adversários diretos. Depois Froome ganhou mais tempo no contra-relógio final, tendo acabado com 54 segundos de vantagem para Uran que fez segundo.

Nas etapas de montanha, raramente ouve diferenças. Aru foi o primeiro a mostrar as intenções e venceu a primeira batalha dos líderes, mas o italiano adoeceu e fez uma terceira semana que lhe tirou as possibilidades de pódio. Rigoberto Uran, Romain Bardet também ganharam etapas de montanha. Destaque para Barguil, que foi uma das figuras do Tour, mostrou-se ao nível dos melhores e ganhou duas etapas, depois de uma grave lesão que assolou a primeira parte da sua temporada. Mas o problema ‘dos outros’ é que Froome estava sempre lá, e foi isso que lhe deu a amarela.

Fonte: Road Cycling UK

O rei dos sprinters foi Marcel Kittel (QuickStep-Floors) que arrecadou 5 etapas e que tinha a camisola verde praticamente garantida, mas caiu e teve que abandonar à etapa 17. Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) também ganhou uma etapa, mas foi desclassificado à etapa 4 depois de, supostamente, ter provocado voluntariamente a queda e consequente abandono de Mark Cavendish (Dimenson Data). Démare (FDJ), Matthews (Sunweb), Boasson Hagen (Dimension Data) e Groenewegen (Lotto-NL Jumbo) também levantaram os braços neste Tour.

Não foi um Tour muito propício para as fugas, mas houve 4 dias que sorriram aos homens que se lançaram para a frente logo no início dessas etapas. Lilian Calmejane (Direct-Energie) fez lembram os velhos tempos de Voeckler e ganhou a etapa 8; Bauke Mollema (Trek-Segafredo) foi o mais forte na etapa 15; Primoz Roglic (Lotto-NL Jumbo) resistiu aos homens fortes na etapa 17; e Boasson Hagen deixou toda a gente para trás na etapa 19.

As figuras deste Tour foram Froome, Kittel e Barguil. Pela negativa, destaca-se principalmente Nairo Quintana que teve uma época para esquecer, depois de ter ficado em segundo no Giro D’Italia. Destaque pela positiva para Tiago Machado (Katusha), que foi o único português em prova e representou muito bem as cores portuguesas na frente no pelotão, até acabou com um bigode tradicional português.