Peter Sagan (Eslováquia) sagrou-se, de novo, campeão do mundo de fundo e é o primeiro a conseguir conquistar o arco-íris três anos consecutivos. O eslovaco, que dias antes da porva admitiu não estar nas melhores condições, bateu ao sprint, num grupo de 27 ciclistas, Alexander Kristoff (Noruega), que fez segundo, e Michael Matthews (Austrália) ficou com o bronze.

A corrida começou, tal como se esperava, muito tranquila e com um grupo de 10 homens a lançar-se na frente da corrida, composto por Willem Smit, Alexey Vermeulen, Matti Manninen, Kim Magnusson, Andrey Amador, Conor Dunne, Sean McKenna, Elchin Asadov, Eugert Zhupa e Salaheddine Mraouni. Este grupo chegou a ter mais de 8 minutos de vantagem, mas teve sempre controlado pelo pelotão liderado pela República Checa e bela Bélgica.

A cerca de 80km da meta, os fugitivos foram apanhados e começaram as figuras secundárias a atacar, De La Cruz (Espanha), Wellens (Bélgica) ou Lars Boom (Holanda) foram para a frente, mas também estiveram sempre controlados ao longe pela Polónia e pela França. Acabaram por ser apanhados perto da penúltima subida do dia.

Na última subida, foi a vez de Alaphilippe (França) atacar e levou consigo o italiano Gianni Moscon (que acabou por ser desclassificado). Os dois conseguiram ganhar uma pequena margem, mas não se conseguiram distanciar muito dos homens que vinham atrás. Nos últimos metros, já com o ‘pelotão’ compacto, quem lançou o sprint foi a Itália para Matteo Trentin, mas quem se mostrou mais forte foi Kristoff, que foi apenas batido pelo fortíssimo Peter Sagan que arrecadou o ouro pelo terceiro ano consecutivo.

Rui Costa foi o melhor português, terminou no 19º lugar, inserido no grupo da frente. Nelson Oliveira foi 56º, Tiago Machado 65º, Ricardo Vilela 66º, José Gonçalves 131º e Ruben Guerreiro não terminou a corrida.

Na corrida das senhoras, Chantal Blaak (Holanda) provocou uma enorme surpresa e levou o ouro e o arco-íris para casa. A holandesa caiu, trabalhou para as suas líderes, e quando viu uma oportunidade atacou e nunca mais foi apanhada. Katrin Garfoot (Austrália) ganhou o sprint do pelotão e alcançou a medalha de prata. Amalie Dideriksen, campeã em título fechou o pódio. De realçar que 5 holandesas acabaram no top-15 da prova.

Nos sub-23, Benoit Cosnefroy deu outro título mundial à França. O jovem francês atacou a cerca de 10km do fim e alcançou Lennard Kamna (Alemanha) e, no risco, conseguiu ser o mais rápido e levar de vencido o alemão. O pelotão chegou 3 segundos depois, liderado por Sveengard (Dinamarca), que ficou com o bronze.

Em juniores masculinos, o dinamarquês Julius Johansen, venceu a solo e é o novo campeão do mundo do escalão. Luca Rastelli e Michele Gazzoli (Itália) foram os mais rápidos do pelotão, que chegou 51 segundos depois, e levaram a prata e o bronze respetivamente. Na corrida feminina, Elena Pirrone (Itália) juntou o ouro da corrida de fundo ao ouro que já tinha conquistado na prova de contra-relógio e concluiu uma semana perfeita.

Uma das coisas mais marcantes destes mundiais foi o público. A Noruega soube receber na perfeição os campeonatos do mundo e todos os intervenientes sentiram isso. As ruas de Bergen estavam cheias de gente mesmo antes de se entrar no circuito, que ambiente. Um belo exemplo que Innsbruck deve seguir.

VAVEL Logo
Sobre o autor