Depois de várias semanas de especulação, chegou finalmente a confirmação. Alonso vai mesmo para a McLaren (uma ligação nunca confirmada mas já há muito anunciada) e terá como companheiro de equipa Jenson Button. A escolha entre Button e Magnussen foi difícil e com certeza que motivou muitos desentendimentos dentro da estrutura da equipa, mas no final a equipa optou pela experiência e pela qualidade imediata, colocando de parte o potencial de Magnussen.

A escolha tem muita lógica. A McLaren não vence um título desde 2008 e começa agora uma nova era com a Honda. Com Alonso e Button, tem o line up mais experiente do grid. Dois pilotos com muitos anos de F1 e com um conhecimento cujo valor é inestimável. Para desenvolver o projecto depressa e bem, é preciso ter os melhores. E apenas a dupla Alonso/Button permite um equilibro entre o desenvolvimento sustentado da nova parceria e a conquista de pontos. É a escolha menos arriscada e que poderá dar frutos mais rapidamente. Além disso a popularidade de Button terá sido também um factor importante. É um piloto muito bem cotado e que ao nível do marketing vende muito.

Kevin Magnussen perdeu o lugar na McLaren

Magnussen tem um potencial tremendo, mas no cruel mundo da F1 nem sempre isso é tido em conta. É muito injusto para Kevin ser deixado de fora agora, ele que teve apenas um ano para mostrar serviço e em condições muito adversas. Além disso, a McLaren acabou de desvalorizar o seu projecto de jovens pilotos. Qual será o futuro do jovem Magnussen? Essa é agora a grande dúvida. Fala-se que poderá ficar como piloto de reserva. Uma coisa é certa. A McLaren tem o dever de manter o dinamarquês próximo da F1. Um talento como este não se deve desperdiçar.

Button, que certamente suspirou de alívio com esta noticia, terá mais tempo para mostrar o seu valor. É claramente um dos melhores do grid, e com ele a equipa ganha em experiência e na certeza da conquista de pontos. Desde 2010 que o britânico é o melhor piloto da casa e esta renovação é claramente merecida. Foi graças a ele que a equipa manteve o 5º lugar nos construtores. Há outro factor a ter em conta. Button já trabalhou com os japoneses da Honda, tem uma namorada japonesa e está muito habituado à cultura japonesa. Pode ser um elo de ligação muito forte a nível publicitário e ao nível técnico. Características que não podiam ser esquecidas.

Uma referência à McLaren e à péssima forma como geriu todo este processo. Adiar tanto a decisão fez muito mal aos pilotos, que já deveriam estar focados na sua próxima época. Não é forma de tratar um piloto da casa desde 2010 e um piloto que vem do programa de jovens pilotos da equipa.

Fica assim concluída uma das maiores novelas do “defeso” da F1.

Esperemos que seja o regresso em grande de uma parceira que marcou uma era da F1. O desporto precisa de competitividade e precisa de uma McLaren forte, que possa desafiar os Mercedes.