O director da Red Bull, Christian Horner, mostrou o seu descontentamente face ao desempenho da unidade motriz da Renault, depois de um GP da Austrália onde Daniel Ricciardo não foi além do 6º posto, tendo sido dobrado pelos cinco primeiros pilotos, o rookie Felipe Nasr (Sauber) incluído.

Motor impossível de conduzir

«É praticamente impossível conduzir este motor», afirmou Horner. «A melhor prova é que o Daniel até arrancou bem, mas depois entra em jogo a dirigibilidade, e aí vêem-se as falhas no fornecimento de potência».

O director da equipa austríaca referiu mesmo que o motor é a fonte de todos os problemas, criando um «efeito de espiral», já que, se o carro não tem uma condução regular, torna-se preciso «compensar com o balanço da travagem, consequentemente perdendo-se temperatura nos travões, os pneus não respondendo correctamente...»

Horner elogia Ferrari

Para provar o seu ponto, Horner referiu a Ferrari como exemplo de um construtor de motores que deu um passo em frente, não só na unidade que equipa o seu SF15-T como também naquele que se esconde dentro do Sauber C33, que tem revelado excelente andamento.

«Com todo o respeito pela Sauber, duvido que tenham encontrado grandes ganhos no chassis entre o ano passado e este (...) a asa dianteira e a asa traseira são as mesmas, mas vê-se que a Ferrari deu um bom passo.», declarou Horner.

«A Renault, neste momento, parece ter dado um passo atrás. É frustrante ver que estamos efectivamente mais atrás do que quando corremos em Abu Dhabi [última corrida de 2014], tanto em potência como na dirigibilidade.», sentenciou Horner, atirando que o fornecedor francês terá de encontrar soluções rapidamente.