Num Estádio José de Alvalade a rebentar pelas costuras, o Sporting recebeu o Barcelona num ambiente absolutamente frenético. Depois de triunfos na ronda inaugural, estava em jogo a liderança do grupo D. No Sporting, as titularidades de Marcos Acuña de Doumbia foram as principais novidades relativamente no onze inicial; do lado catalão Nélson Semedo foi o lateral direito, marcando assim o seu regresso a Portugal, enquanto que André Gomes começou no banco.

Desde cedo se viu que os leões vinham com a lição bem estudada para contrariar o estilo de jogo dos blaugrana; linhas baixas e próximas, agressividade nos confrontos (limitada em grande parte pela dualidade de critério disciplinar do árbitro da partida) e pressão constante sobre o portador da bola, procurando rápidas transições aquando da recuperação da posse.

A primeira ameaça foi mesmo do Sporting com um remate de Piccini a sair ligeiramente por cima. Apesar da boa organização dos comandados de Jorge Jesus, o Barcelona conseguiu, em certos momentos, romper a teia montada pelo adversário. Aos 19 minutos, Luís Suaréz e Messi tiveram, consecutivamente, a oportunidade de marcar, mas em ambos os casos, Rui Patrício esteve à altura.

A equipa de Alvalade ia conseguindo, com maior ou menor esforço, contrariar as iniciativas atacantes do adversário; uma postura que, em contrapartida, reduziu de sobremaneira a capacidade dos leões em procurar desiquilíbrios ofensivos. A estratégia leonina sofreu ainda um revés mesmo em cima do minuto 45 com a lesão de Doumbia, tendo sido substituído por Bas Dost. Ao intervalo o nulo justificava-se, dada a escassez de oportunidades de golo.

O segundo tempo começou, praticamente, com o golo do Barcelona. Livre batido na direita e uma série de desvios e ressaltos a resultarem no auto-golo de Coates; os forasteiros adiantavam-se assim, com felicidade, no marcador.

A partir daí o Sporting alterou, naturalmente, a sua postura, sendo obrigado a estender mais o seu raio de acção. Com efeito, os leões não se foram abaixo com o golo sofrido e foram à procura de mudar o resultado. Para tal, a equipa começou a pressionar mais alto, por vezes até junto da grande área dos catalães; um grande esforço físico para tentar chegar ao empate.

Dessa estratégia quase que resultou o golo do Sporting; pelo minuto 70, uma recuperação alta de Battaglia (grande jogo!), isolou Bas Dost que, na cara de Ter Stegen, preferiu servir Bruno Fernandes que, apesar do remate forte, permitiu que o guardião alemão evitasse o merecido tento dos leões.

Até final o Sporting lutou com todas as suas forças para chegar ao golo, criando, em alguns momentos, certos calafrios na sua rectaguarda; num desses momentos, um recém-entrado Paulinho encontrou-se cara-a-cara com Patrício, não tendo sido capaz de bater o campeão da europa.

Os leões deixaram tudo em campo, demonstrando uma enorme dedicação e entrega ao jogo, lutando até ao último segundo, algo que não foi esquecido pelos quase 50 mil que encheram Alvalade, tendo brindado a equipa com aplausos no final do encontro.

O Sporting continua com três pontos, os mesmos que a Juventus, enquanto que o Barcelona é líder do grupo com seis. Segue-se uma dupla jornada diante dos campeões italianos.

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