Desde o final da Taça de Portugal que o mundo futebolístico desconfiava, com alto grau de probabilidade, que o Ederson abandonaria a Luz para ingressar no Manchester City, e, agora, é o Benfica a desfazer as (poucas) dúvidas restantes: o clube confirmou hoje, à CMVM, que se encontra a negociar a transferência do guardião brasileiro de 23 anos com os 'Citizens'. Ederson está desde ontem na cidade inglesa de Manchester para realizar testes médicos e acertar os últimos detalhes da sua ida para a formação orientada por Pep Guardiola - o negócio deverá atingir um valor perto dos 45 milhões de euros.

«A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informa, nos termos e para o efeito do disposto no artigo 248º do Código dos Valores Mobiliários, que se encontra em negociações com o Manchester City para a transferência dos direitos do atleta Ederson Moraes, as quais ainda não foram concluídas», informa o comunicado.

A progressão do jovem guarda-redes foi meteórica e o interesse de grandes tubarões europeus cresceu na mesma proporção; desde a estreia pela equipa principal do Benfica, há pouco mais de um ano - num jogo de nervos em pleno reduto sportinguista - Ederson ganhou a titularidade da baliza dos encarnados. Daí até ao interesses dos colossos da Premier League foi um ápice. A saída para os 'Citizens' poderá ser consumada nos dois próximos dias, após ser solucionada a divisão do passe do atleta - o Benfica detém 50%, enquanto o Rio Ave possui 30% e a Gestifute 20%.

Ora, de acordo com os regulamentos da Premier League, a transferência terá de ser efectuada sem que uma terceira parte faça parte do processo - neste caso, a Gestifute. Segundo a proibição do chamado 'third party ownership', que vigora desde a época 2008/2009, a transferência de Ederson só poderá receber luz verde quando os detentores do passe do internacional 'canarinho' sejam, somente, Benfica e Rio Ave (co-propriedade). Apenas este dossier impede que o negócio se materialize já. Ederson encontrará no Manchester City o antigo colega Bernardo Silva, adquirido ao Mónaco por 50 milhões de euros.