Na Luz desde 2015, Raúl Jiménez trocou o Atlético de Madrid pelo Benfica e na bagagem trouxe a esperança de voar pelas águias. O avançado carregou o peso de ser uma das principais estrelas da seleção mexicana, o que levou a equipa encarnada a investir 22 milhões de euros, um recorde no futebol lusitano.

Em duas épocas de águia ao peito, Jiménez foi a sombra de Mitroglou e Jonas, mas entrou sempre nas 4 linhas com garra, dedicação e com uma estrela de campeão. Na memória dos benfiquistas ficará eternamente os golos decisivos à Académica ou ao Rio Ave, tentos que se revelaram fulcrais para a conquista dos dois últimos campeonatos, com Rui Vitória ao leme. Estes festejos foram emblemáticos mas a média de Raúl está a leste de se equiparar a um jogador de 22 milhões de euros.

Em 86 partidas, o mexicano fez o gosto ao pé em 25 ocasiões, sendo que na maioria das partidas disputadas, o jogador saltou do banco. A titularidade na Luz parece uma miragem para Raúl e nem a saída de Mitroglou impulsionou a afirmação do mexicano ao lado de Jonas. A presença na Taça das Confederações atrasou a preparação física do dianteiro e em sentido inverso emergiu Seferovic, que ganhou a titularidade logo na Supertaça, iniciando um período soberbo sempre a marcar.

A verdade é que apesar de ter festejado alguns tentos, o suíço tem vindo a perder importância táctica na pressão aos defesas. O momento do Benfica evidencia lacunas e talvez fosse a hora de Jiménez jogar ao lado de Jonas. Sempre que entra, o mexicano mexe com o jogo e oferece agressividade, pressão alta e uma presença firme entre os centrais. Numa má fase da equipa, Jimenez poderá ser o trunfo de Vitória para contagiar a equipa com carisma e determinação, algo que tem faltado ao colectivo encarnado.