Atendendo à facilidade com que o FC Porto ‘despachou’ o Vitória de Setúbal, fica para já comprovado que a pressão de fechar a ronda entre os três grandes sabendo de antemão que os rivais Benfica e Sporting haviam vencido com propriedade em nada atemorizou o dragão que enfrentou a tempestade e para o Vitória…tinha Vincent, o primeiro nome de Aboubakar, o goleador do dragão que realizou uma exibição de mão cheia tal como o resultado expresso no placard apesar de o marcador apenas ter sido desfeito pouco após a primeira meia hora de jogo.

Terá começado até de forma ilegal a primeira das várias acções de realce de Vincent Aboubakar na chuvosa noite do Bonfim ao ter inaugurado o marcador aos parecendo empurrar o seu marcador directo, o defesa central Vasco Fernandes, no seu movimento de impulsão que lhe permitiu inaugurar o marcador servido por um pontapé de canto cobrado pela esquerda pelo lateral Alex Telles, outro factor diferencial relativamente a temporadas passadas nas quais os dragões apostaram, sem qualquer desrespeito para com o jogador, com jogadores como José Ángel para almejar o título.

Aboubakar brilhou a grande altura e Marega pôde novamente dar mostras da sua qualidade

Com Alex Telles, de facto, é outra loiça e para desespero do V. Setúbal também do outro lado, desde a direita, o envolvimento ofensivo era total com Maxi Pereira que atirou ao ferro e dessa forma possibilitou o 0-2 apenas 9 minutos após a obtenção do primeiro tento uma vez que Moussa Marega se colocava oportuno para se encarregar da recarga. Jogo desbloqueado em 10 minutos e até ao intervalo o FC Porto ainda voltaria a marcar, já em tempo de compensação e numa grande penalidade que puniu derrube de Vasco Fernandes a Aboubakar.

Se o camaronês conquistou o castigo máximo, também o converteu, levando o dragão para o descanso com uma confortável vantagem de 0-3 que na etapa complementar o inspirado goleador ainda faria ganhar outros contornos à passagem do minuto 69 ao finalizar com categoria após uma excelente iniciativa individual de Marega que ultrapassou dois adversários antes de servir o seu companheiro de ataque e acabaria por ser bafejado pelo excelente esforço ao também ele ter tido a possibilidade de voltar a marcar.

Casillas voltou a não ser utilizado… e Sá não precisou de ser útil

Bis para o atacante maliano dos azuis-e-brancos que chegou aos 83 minutos num lance em que Aboubakar pôde retribuir toda a generosidade que o seu companheiro havia revelado no quarto golo ao servir Marega para que este picasse o esférico sobre o desamparado Cristiano, guarda-redes impotente para evitar novo tento que fechou assim as contas de um jogo em que na baliza portista voltou a não estar Iker Casillas.

Cada vez mais poderá projectar-se um possível cenário de saída em face de escassa utilização do mítico guardião espanhol que não foi chamado a jogo quase como o seu companheiro... que jogou, José Sá, que apenas teve de lidar com um remate enquadrado dos setubalenses em 90 minutos de jogo. Pouco ou nenhum trabalho teve e apenas teve de lidar com a intempérie que se fez sentir.