Na última jornada do campeonato, o objetivo do Sporting era só um: ganhar ao Marítimo. Depois do empate frente ao Benfica, essa era a melhor forma de evitar surpresas, garantir o segundo lugar do campeonato e sonhar com os milhões da Champions. Os «leões» estavam avisados para os perigos do Funchal e sabiam que não podiam falhar. Mas falharam.

Da ameaça inicial ao golo do Marítimo

Apesar do desfecho, a partida até podia ter começado da melhor forma para o Sporting, logo aos 11 minutos de jogo. Depois do passe de Coentrão, Bas Dost serviu Bruno Fernandes, mas o médio leonino, já dentro na área, não foi capaz de causar perigo, permitindo o desvio de João Gamboa. Com o passar do tempo, o Marítimo foi crescendo, ameaçando e acabou por chegar ao golo aos 31'. Num livre vindo do lado direito do ataque, cobrado entre a zona da grande área e a bandeirola, Edgar Costa serviu Joel junto do primeiro poste e este, de cabeça, não teve problemas em colocar a bola no canto oposto da baliza. Sem hipóteses para Patrício, a verdade é que Coentrão e Coates também não foram capazes de impedir o cabeceamento do camaronês. Estava feito o primeiro na Madeira.

Golo sofrido, golo marcado

Se o golo sofrido deixava os «leões» em sobressalto, era impossível ter pedido melhor reação. Menos de um minuto depois, Bas Dost restabeleceu a igualdade. Numa jogada rápida, Bruno Fernandes abriu no lado direito em Gelson e este cruzou de imediato, rasteiro e para o segundo poste, onde Bas Dost não teve problemas em colocar a bola no fundo das redes. Recuperada a igualdade, o jogo manteve-se assim até ao intervalo e deixava tudo em aberto.

À procura do golo, uma surpresa no final

Aquela que poderia ter sido uma boa reação ao golo sofrido acabou por não ser canalizada da melhor forma pela equipa de Jorge Jesus. Entre um remate desajeitado de Bas Dost aos 49' e tentativas de longe de Jorge Correa (Marítimo) e Bruno Fernandes, o jogo foi-se desenrolando e o empate persistia. Pendente apenas de um golo, o Sporting continuava a acreditar que este poderia surgir a qualquer momento. Mas se, nos descontos, já eram poucos os que acreditavam na reviravolta, certamente nenhum sportinguista imaginaria sofrer o 2-1 de forma tão caricata.

Aos 93', Gevorg Ghazaryan entrou na grande área, passando pelo meio de Gelson, William e Piccini e rematou, com pouca força, para um frango monumental de Rui Patrício. Estava feito o 2-1 e as esperanças verde e brancas caíam definitivamente por terra, enquanto a festa se fazia, ao mesmo tempo, no Estádio da Luz. 

Com um desapontante terceiro lugar no campeonato, o Sporting aguarda agora pela final no Jamor, no próximo domingo, para tentar somar a Taça de Portugal à Taça da Liga. Conseguirão os pupilos de Jorge Jesus levar a melhor sobre o Desportivo das Aves e vencer dois troféus esta época?

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