Estado de alerta entre os dragões para a visita ao Restelo. Após três empates consecutivos frente a Benfica pela Liga NOS, Desp. Chaves pela Taça de Portugal (jogo que ditaria a eliminação dos dragões) e Kobenhavn, vencer era mais do que nunca uma necessidade e uma obrigação para o FC Porto numa noite de muita chuva ante o Belenenses.

Com efeito, o grau de dificuldade deste encontro para o FC Porto deixava evidente o estado actual da equipa. Muito poucas vezes se terá assistido a uma visita ao Restelo revestida de tamanha importância (isto retirando a última jornada da Liga NOS há duas épocas, quando um golo de Tiago Caeiro carimbou o título nacional para… o Benfica) e poucas vezes foi tão importante obter uma vitória em Lisboa quanto nesta noite.

André Sousa esteve perto de oferecer vantagem para o Belenenses antes do intervalo

Nesta fase, para o dragão visitar o Restelo parece implicar a dificuldade que teria jogar uns quilómetros mais ao lado, na Luz, e o desafio começava difícil para os azuis-e-brancos que aos 13 minutos puderam agradecer ao poste direito não se colocarem em desvantagem após um bom disparo de André Sousa.

Tratavam-se dos primeiros avisos que se na época passada os confrontos ante o clube da Cruz de Cristo em nada contribuíram para a má carreira dos técnicos que orientaram o FC Porto, Julen Lopetegui e José Peseiro (vitórias por 4-0 e 2-1), a corrente temporada poderia não ditar igual desfecho para um FC Porto que é possuidor de muitas soluções para o ataque, desde o eixo até às alas, mas continua com baixíssima produtividade. Para que se tenha uma ideia, os azuis-e-brancos apenas estiveram verdadeiramente perto de marcar por uma ocasião (!) e já na 2ª parte.

Benfica passou com distinção no Restelo; o FC Porto nem sequer desfez (mais um) nulo

Quase se gritou golo quando aos 55 Ivan Marcano cabeceou na direcção da baliza, onde se encontrava o lateral esquerdo do Belenenses, Florent Hanin, sobre a linha de golo. Pouco para derrotar um Belenenses que apresenta um apreciável índice de sucesso enquanto visitado mesmo em encontros nos quais sentiu dificuldades dado apenas contabilizar um desaire em sua casa, mais precisamente no último jogo que havia disputado no Estádio do Restelo que resultou num 2-0 favorável ao líder Benfica.

Se o Benfica não escorregou em casa do Belenenses, o dragão claudicou. Novamente, pela quarta vez e pela terceira ocasião sucessiva com um aborrecido 0-0, uma repetição de nulos que assenta bem a este FC Porto que continua a identificar-se como o contrário da chuva persistente que encontrou na capital: um verdadeiro deserto de ideias, previsível e de pouca astúcia que se arrisca a cair para o 5º posto na próxima 2ª feira, assim os minhotos Sp. Braga e V. Guimarães vençam os respectivos encontros.