É certo que se trata de um adágio que se notabilizou no futebol, mas não deixa também de se constituir a mais pura das verdades: “os ataques ganham jogos, as defesas ganham Campeonatos” e será esse o caso do Benfica à entrada para um derby de vital importância frente ao Sporting - que se desengane que a figura instrumental deste derby será Jonas, ou Mitroglou, ou Pizzi, ou qualquer outro futebolista de características ofensivas para a manobra dos encarnados. A figura central deste desafio será mesmo Ederson.

Qualquer outro sector da turma benfiquista dependerá do acerto da coesão colectiva. No que respeita à produção individual, será em Ederson que se suportará todo o peso de levar a bom porto as ambições do tricampeão nacional que pretende ser tetra e que em caso de sucesso na casa de um dos seus grandes rivais poderá colocar-se bem mais perto de consegui-lo especialmente quando já defrontou outros conjuntos tradicionalmente difíceis como o Sp. Braga, que bateu tanto em casa quanto fora, ao passo que o FC Porto baqueou no Minho ainda este Sábado.

Baliza do Benfica não precisa de aspirina 

Desde há um ano que o jovem brasileiro vive directamente com uma proeza ao alcance de muito poucos: remeter para segundo plano um guarda-redes mundialmente reconhecido como Júlio César, veterano que não há muito tempo foi classificado por Rui Vitória como “um grande guarda-redes que veio para cá” e que ainda hoje poderia com toda a capacidade ser o dono das redes benfiquistas - aliás, se existe posição que não preocupa minimamente as hostes da águia, essa certamente a baliza.

Ederson estreou-se a titular em Alvalade
Ederson estreou-se a titular em Alvalade

Ainda que com Júlio César também pronto para qualquer eventualidade, Ederson vem mostrando o que vale. E mesmo numa fase da época em que até nem demonstra tamanho fulgor comparativamente com o início deste ano civil, apenas para citar um exemplo, o jovem valor brasileiro encaixou apenas um golo nos últimos três encontros a contar para a Liga e naquele que oferecia maior dose de dificuldade e responsabilidade, a recepção ao rival FC Porto, o guardião encarnado não soçobrou quando chamado a intervir. Antes pelo contrário.

Soares já tem dívida, Bas Dost vai atrás? 

Apesar da superioridade territorial na maior parte do tempo de jogo na recepção ao dragão, o Benfica até poderia ter sido derrotado desse desafio - que o diga o homem-golo do FC Porto, Soares, que terminou substituído pouco depois de Ederson lhe ter negado com uma velocíssima saída dos postes, bem ao seu estilo, uma oportunidade flagrante de golo.

Com um guardião de tão reconhecida capacidade, quem sabe se no Sábado não sucederá algo semelhante com Bas Dost? O caminho para o tetracampeonato terá ainda muitas curvas, mas indiscutivelmente Ederson suporta o motor e a sua influência para um eventual sucesso será tremenda.

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