Não existem campeões sem sofrimento e pode muito bem vir a ser o caso do Benfica que perante uma Luz lotada recebeu uma das equipas que melhor o conhece muito devido ao facto de se constituir adversário pela quarta vez, um Estoril que vendeu cara a derrota e que deixou importantes sinais de qualidade junto dos tri…que procuram aproximar-se do estatuto de tetra, campeões nacionais e logo na sua casa.

Podia o Benfica recordar o bis conseguido por Bruno Gomes, sendo que um dos tentos do jovem brasileiro um grande golo, precisamente na última ocasião em que os dois conjuntos se defrontaram – um empate a três também na Luz que qualificou as águias para a final da Taça de Portugal. No entanto, o atacante apenas foi lançado a 7 minutos dos 90 em prol da titularidade da habitual primeira escolha, também ele um homem que já havia marcado ao Benfica, também nessa meia-final da Taça mas no António Coimbra da Mota. Em suma: para os encarnados, entre Bruno e Kléber que viesse o Diabo e escolhesse…



Penalty convertido por Jonas fez toda a diferença no primeiro tempo
Desempenhou o treinador dos ‘canarinhos’, Pedro Emanuel, esse papel demoníaco, para optar pelo mais experiente goleador ex-FC Porto e com isso conseguiu preocupar genuinamente os mais de 60 mil que se deslocaram até ao Estádio da Luz quando Kléber estabeleceu na altura a igualdade, ao minuto 59, lançado em velocidade por um mortífero passe do seu lateral esquerdo Ailton Silva. Antes, na primeira parte, o Benfica havia conseguido adiantar-se através da grande figura do encontro, o regressado Jonas que aos 29 minutos transformou com mestria uma grande penalidade.

De penalty o Benfica adiantou-se no marcador – indiscutível falta cometida sobre o lateral direito Nélson Semedo – e assim saiu para o descanso, tendo uma horrífica entrada na segunda parte, com 15 minutos iniciais verdadeiramente desastrados, chegado o já referido susto representado pelo golo do empate apontado de Kléber que já havia instantes antes sido anunciado por um excelente remate de Mattheus Oliveira na direcção do travessão da baliza de Ederson.



Ex-Benfica Moreira nada poderia fazer para evitar o ‘killer instinct’ de Jonas

Como um susto que se ‘preze’, o mesmo teve efeitos imediatos e teve o condão de reorganizar ideias junto da equipa favorita que 6 minutos depois se recolocou em vantagem pelo responsável do costume, leia-se, Jonas, que num movimento diagonal desde a esquerda até ao centro recebeu um passe de Álex Grimaldo para atirar cruzado ao ângulo superior esquerdo da baliza defendida pelo antigo benfiquista José Moreira.

2-1 alcançado e não mais alterado, o que segurou a liderança para os encarnados, que uma vez mais se mostraram concentrados ao regressar ao Estádio da Luz, sofreram mas também puderam saborear um daqueles triunfos que moralizam pelas dificuldades colocadas pelo adversário que aproveitou o momento de gala para se mostrar claramente merecedor de Liga principal.