Em termos de clubes, os dois jogadores tiveram uma época completamente diferente. Cristiano Ronaldo não começou a época como nos tem acostumado; não se pode dizer que começou mal, porque continuava a marcar golos, mas não tantos como o habitual. Na reta final desta época viu-se o melhor jogador do mundo e isso deu o título de campeão de Espanha, que fugia ao Real Madrid desde a época 2011/2012, e valeu a segunda Liga dos Campeões consecutiva aos merengues, onde o português marcou 10 golos nos últimos 5 jogos da competição.

Por seu lado, André Silva começou a sua primeira época na equipa principal do dragão a todo o gás. Era o líder da equipa e a referência ofensiva. Na fase menos fulgurante do FC Porto, era o dianteiro quem se diferenciava dos demais e salvava muitas vezes a equipa, e isso valeu-lhe também a confiança de Fernando Santos. Com a chegada de Tiquinho Soares ao reino do dragão a história mudou completamente e o jovem português passou para segundo plano no ataque portista, acabando a época como suplente.

No que toca à seleção, ambos os jogadores estão a render e parece que jogam juntos há muitos anos. São a dupla que mais golos marca na Europa no que ao apuramento para o Campeonato do Mundo do próximo ano diz respeito, e só prometem melhor. São 17 golos em conjunto! 11 para o capitão, que divide com Lewandowski o primeiro lugar de melhores marcadores, e 6 golos para o jovem ponta de lança da seleção nacional, que está a par de Jovetic e Lukaku, no segundo lugar dos melhores marcadores deste apuramento.

Desde que o ‘Engenheiro do Europeu’ decidiu alterar o sistema de jogo português para um 4x4x2 não houve ninguém que combinasse tão bem com Cristiano Ronaldo. Por essa posição já passaram Nani, Quaresma, Éder e até Bernardo Silva. A mobilidade de André Silva e a sua capacidade para puxar a defesa beneficia em grande escala o novo estilo de jogo de Cristiano, que está a tornar-se cada vez num ponta de lança.

Fonte: Goal.com

Para acabar falando em números, Cristiano Ronaldo está bem embalado para superar os máximos das suas últimas três campanhas com a Seleção Nacional (fase final incluída): 11 golos (Euro’2016), 15 (Mundial’2014) e 12 (Euro’2012). O nosso capitão e melhor marcador de sempre com as Quinas ao peito precisou de 18 jogos para marcar 7 golos, enquanto o novo jogador do AC Milan já leva os tais 7 golos com a camisola da nossa seleção em apenas 8 jogos.  

Vem aí a Taça das Confederações, a primeira participação da seleção portuguesa nesta competição, e Portugal é a principal favorita a levar o troféu. Muito do sucesso português dependerá se esta dupla terá a pontaria afinada.