Olhando para o sistema tático normalmente utilizado por Fernando Santos, verifica-se um foco predominante na dinâmica do trio de meio-campo. Se no que diz respeito ao elemento mais recuado o papel está entregue a William Carvalho ou Danilo, os outros dois vértices do triângulo apresentam um leque maior de alternativas.

Neste leque estão presentes André Gomes, Adrien Silva, Pizzi e João Moutinho; um conjunto invejável de jogadores e, consequentemente, uma saudável "dor de cabeça" para Fernando Santos. De entre as várias características dos elementos deste grupo, uma consegue dividi-lo ao meio: intensidade de jogo. Com efeito, podemos colocar Adrien Silva e Pizzi como jogadores de alta rotação, com maior combatividade na sempre dura batalha do meio-campo.

Assim, e caso Portugal queira aumentar o ritmo de jogo, colocar Adrien como médio de ligação e Pizzi como elemento mais avançado - algo a que o médio está bem habituado no Benfica- poderá ser a opção mais viável.

Do outro lado temos Moutinho e André Gomes, jogadores que, apesar de não terem a mesma intensidade, apresentam qualidade técnica e um apurado sentido táctico capaz de antecipar situações e assim colocarem-se em posição para tirar máxima vantagem das mesmas.

Assim, e se o momento é de manter a posse de bola, baixar o ritmo de jogo e dar prioridade à estabilidade e equilíbrio da equipa, estes são, em teoria, os melhores elementos para ter em campo.

Olhando para os centro-campistas da nossa selecção, aos quais ainda podemos acrescentar nomes como os de Renato Sanches ou João Mário, vemos tudo aquilo que um treinador pode desejar para a sua equipa.

Resta saber quais as ideias de Fernando Santos para este sector, sabendo que, a qualquer momento do jogo, pode alterar por completo a dinâmica da sua equipa com uma simples troca de jogadores.