Na conferência de imprensa desta sexta-feira, Fernando Santos abordou o último jogo da fase de grupos, diante da Nova Zelândia, recusando a ideia de que a passagem à fase seguinte esteja garantida.

«É preciso ter muita atenção à Nova Zelândia, que tem mostrado que pode criar alguma surpresa.», começou por referir. «É uma equipa que luta muito, que trabalha muito, que tem jogadores e treinadores experientes. Com capacidade de trabalho, alguma técnica, saídas rápidas e muito bem estruturada, complicou a vida ao México», concluiu.

Apesar do favoritismo reconhecidamente atribuído a Portugal, o seleccionador nacional recusou-se a debruçar sobre a fase seguinte e eventuais próximos adversários, antes de ter a passagem às meias-finais carimbada oficialmente.

«A minha equipa não se vai deixar levar por esse tipo de questões [de quem apenas se pergunta por quantos golos de diferença é que Portugal vai ganhar]. Sabemos aquilo que queremos. E é assim que vamos estar, jogo a jogo», referiu o técnico português. «Entramos sempre para ganhar. E sempre nos assumimos como candidatos. É isso que vamos continuar a fazer. Há uma estratégia que acreditamos que vai resultar e nos vai fazer seguir para a fase seguinte», rematou.

Em relação às possíveis ausências de Raphael Guerreiro, por lesão, e de Eliseu, engripado, Fernando Santos optou por não valorizar em demasia o quadro clínico, garantindo que alguma solução será encontrada. «Seguramente que o Raphael não vai estar. Mas, felizmente para nós, não aconteceu nada tão grave quanto podia ter acontecido e a porta está aberta para poder vir a participar ainda na Taça das Confederações [se Portugal seguir em frente]. Quanto a Eliseu, apresentou síndrome gripal desde ontem, vamos ver como está amanhã. Se não for ele, está outro».

Numa competição extremamente exigente, tanto a nível físico como psicológico, o treinador português confirmou que o onze inicial voltará a sofrer alterações, mas evitou adiantar mais detalhes.

«Obviamente não é fácil estar no fim de uma época, a jogar de três em três dias, e com menos de 72 horas de recuperação. Temos de fazer gestão de jogadores. E será feita. Tenho um grupo em quem confio em absoluto e sei que qualquer jogador que chame ao jogo está 100% focado e com espírito de equipa», confirmou, acrescentando: «Não vou dizer quem vai jogar, não vou dar trunfos desses a ninguém - ao meus adversários, obviamente».

Por fim, o técnico que levou a seleção portuguesa ao triunfo do Euro 2016 voltou a reforçar a necessidade de pensar na Taça das Confederações passo a passo.

«Só falo do jogo de amanhã. Indo muito à frente, a gente pode atrapalhar-se e cair. Mais vale ir devagarinho até ao triunfo final.», salientou, redireccionando, de seguida, todos os esforços para o objetivo de terminar em primeiro lugar do grupo A. «Nunca houve nem nunca haverá facilitismo na seleção. Queremos acabar bem o grupo, com vitória que nos permita cimentar primeiro lugar e encarar o jogo seguinte da melhor maneira.», frisou.

Portugal e Nova Zelândia disputam a sua última partida na fase de grupos este sábado, às 16 horas de Portugal Continental.

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