Rui Vitória guardou algumas surpresas para o encontro desta tarde em Vila das Aves.

Pizzi, considerado pela Liga o melhor jogador do campeonato na época passada, foi relegado para o banco e, para o seu lugar, não entrou nenhum médio de caraterísticas ofensivas (talvez Krovinovic fosse a escolha mais esperada). O treinador dos encarnados regressou ao 4-4-2 mas apostou numa dupla de médios (Felipe Augusto-Fejsa) que garantisse segurança defensiva e manteve a titularidade de dos jovens Svilar, Diogo Gonçalves e Rúben Dias. Nota ainda para Douglas, o lateral direito emprestado pelo Barcelona passou de titular para a bancada e para a dupla de avançados Jonas-Seferovic, que voltou a relegar Jiménez para o banco.

Do lado do Desportivo das Aves, Lito Vidigal (que fazia a sua estreia ao comando dos avenses) apostou num 4-3-3 com um trio de médios robusto: Washington tinha a companhia de Gonçalo Santos e Vítor Gomes (este o jogador que mais assumia a construção de jogo).

Assim os onzes foram os seguintes:

Desportivo das Aves: Quim, Pedrinho, Diego Galo, Defendi, Nélson Lenho, Gonçalo Santos, Washington, Vítor Gomes, Amilton, Nildo e Guedes

Benfica: Svilar, André Almeida, Luisão, Rúben Dias, Grimaldo, Fejsa, Felipe Augusto, Diogo Gonçalves, Salvio, Jonas e Seferovic

O Benfica teve uma boa entrada.

Apesar de, teoricamente, nenhum dos médios se dar muito ao jogo, Felipe Augusto e Fejsa estiveram irrepreensíveis na recuperação e isso fez que com que o Aves, durante os primeiros 40 minutos, não tivesse tempo para pensar o jogo, a bola estava sempre na posse do Benfica. Aos 29 minutos, Washington trava Diogo Gonçalves em falta dentro da área e Jonas, na conversão, adiantou o Benfica no mercador. Podia pensar-se que o mais difícil estava feito. Até aí os comandados de Rui Vitória iam controlando a partida e, com naturalidade, puseram o marcador a funcionar mas a verdade é que o Desportivo local agigantou-se e, até ao intervalo podia ter chgado ao empate por várias vezes mas principalmente aos 44 minutps quando, na sequência de um livre de Vítor Gomes, Defendi cabeceou à trave da baliza de Svilar.

Nos últimos 5 minutos da primeira parte o Benfica tremeu mas conseguiu partir para a segunda parte, com justiça, em vantagem.

O Desportivo das Aves partiu para a segunda parte com a esperança que uma desvantagem curta permite mas, logo aos 50 minutos, essa esperança ruiu. Jonas tinha espaço à entrada da área rematou contra Seferovic e a bola sobra caprichosamente sobra para Salvio que, em boa posição, coloca a bola na direção da baliza, sendo Seferovic a dar o último toque antes do golo.

50 minutos, 2-0 para os encarnados e muito a fazer por parte do Aves na busca de um resultado positivo. O Benfica estava lançado para um resultado positivo que desse um safanão na crise e mantivesse a distancia para o líder FC Porto a 5 pontos.

Em desvantagem por dois golos, Lito Vidigal arriscou na procura de um golo que reabrisse a partida. Paulo Machado e Sami acrescentaram critério e qualidade à equipa e o Aves conseguiu aparecer mais tempo no meio campo do Benfica que, em contra-ataque, mantinha viva a possibilidade do 3-0. O golo, nesta altura, podia aparecer para qualquer equipa mas era evidente que Nildo, adaptado a lateral esquerdo, dava muito espaço nas costas. Era um risco claramente assumido por Lito Vidigal.

Aos 67 minutos Pizzi entrou na partida. Rui Vitória retirou Salvio e, com 2-0 no marcador, procurou oferecer alguma consistência e capacidade de ter a bola. Pizzi (que não era suplente no Benfica há quase 2 anos) entrou para a faixa direita e, não mexendo na estrutura, Rui Vitória mexeu nas caraterísticas do ala direito conseguindo a tal consistência que procurara.

O jogo ia correndo sem garndes momentos de adrenalina. Comptia ao Aves reentrar na partida mas, apesar de alguns salpicos de classe de Paulo Machado, não se via do lado dos visitados argumentos para ferir o adversário. Puro engano.

Tinha de sair dos pés de Paulo Machado o momento em que o Aves reentrasse na partida. Canto do internacional português e Defendi (ele que tinha ameaçado na primeira parte) relança o resultado com um forte cabeçeamento ao primeiro poste. 

Lito Vidigal ainda festejava o golo quando Pizzi é carregado por Gonçalo Santos e leva Jonas a sentenciar, mais uma vez da marca dos 11 metros, a partida.

Até final, a partida esteve sempre viva com o Aves a procurar o golo, concluindo um bom jogo em Vila das Aves.

Nota final para uma excelente exibição de Quim (à atenção de Fernando Santos?) que, em vários momentos, manteve o Aves ligado à discussão dos pontos.

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