O Futebol Clube do Porto entra em campo esta Terça-Feira para defrontar o Áustria de Viena em jogo a contar para a 5ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. A partida terá início às19h45 e terá arbitragem do romeno Ovidiu Hategan.

O regresso de Mangala e a saída de Carlos Eduardo dos convocados são as únicas novidades nos eleitos de Paulo Fonseca para o embate frente aos austríacos. Para obter os 3 pontos, os azuis contam com a inspiração do colombiano Jackson Martínez que procura o seu segundo golo nesta fase de grupos, depois de ter marcado o primeiro frente aos espanhóis do Atlético de Madrid. O avançado, que já leva 8 golos marcados no campeonato Português, procura dar sequência ao golo marcado ao Nacional da Madeira e ajudar a sua equipa a passar à próxima fase.

Um destino demasiado incerto

A equipa azul e branca ocupa a 3ª posição do grupo G, com 4 pontos e defronta no Dragão o último classificado, o Áustria de Viena, que ainda não alcançou qualquer ponto na prova. Para sonhar com a próxima fase os dragões terão de vencer o seu jogo e esperar por um deslize do Zenit frente ao Atlético de Madrid que, com 12 pontos, já garantiu a passagem aos oitavos de final. O tão ambicionado 2º lugar pertence ao Zenit: os russos têm neste momento 5 pontos e contam com o ex-portista Hulk para lutar pelo apuramento. Mesmo com a conjugação destes resultados, o Futebol Clube do Porto é obrigado a vencer o Atlético de Madrid na capital espanhola, na derradeira jornada da fase de grupos.

O conjunto portista marcou até ao momento 3 golos e perdeu os dois últimos jogos em casa, o que não acontecia desde 2011 - caso o Futebol Clube do Porto perca esta Terça-Feira, será a 1ª vez na história que os azuis e brancos não conseguem vencer um único jogo em casa desde que participam na liga milionária. Contudo, é de salientar o histórico positivo do Porto frente às equipas austríacas, que é 100% vitorioso. Se é verdade que as contas do apuramento portista estão complicadas, é de realçar que em caso de triunfo a presença na liga europa fica automaticamente garantida.

Fonseca sobre pressão

Não se pode falar de pressão directiva, de modo algum. Apesar disso, a massa adepta portista não se tem mostrado nada satisfeita com o percurso qualitativo do FC Porto de Paulo Fonseca, que pegou no leme da equipa campeã com Vitor Pereira. Depois de terem cavado um fosso de cinco pontos de vantagem em relação ao seu maior rival na luta pelo título, o Benfica, os «dragões» apenas estão, neste momento, com um ponto de avanço na Liga Zon Sagres, com Benfica e Sporting à perna, depois de mais um empate, desta feita contra o Nacional. As críticas à inversão do triângulo (Fernando deixou de actuar sozinho na linha média defensiva) têm persisitido, juntamente com alguns sinais de contracção qualitativa: Lucho vai perdendo fulgor com a idade e nas alas pouco se tem conseguido acrescentar ao ataque portista, quer por inépcia de Licá, quer por inaptidão de Josué em desempenhar funções de extremo.

Erros defensivos de sobra: de Helton a Mangala passando por Otamendi

Tanto na Liga Zon Sagres como na Liga dos milhões, os erros da defensiva portista têm sido recorrentes: um sintoma? Simples sequência de azares? Desde as saídas hesitantes de Helton, passando por desatenções infantis de Mangala e erros de Otamendi, muitos pontos têm sido deixados pelo caminho. As descoordenações na rectaguarda portista têm-se repetido mas Fonseca não encontra uma explicação para tal sucedido: «Sinceramente, não é fácil encontrar uma explicação muito plausível para isso acontecer», afirmou, afiançando, porém, de que não se tratam de «problemas de organização colectiva». Apesar de erros como o de Mangala frente ao Belenenses ou de Helton frente ao Atlético de Madrid poderem, de facto, configurar situações pontuais, lances como o do passado fim-de-semana mostram alguma descoordenação colectiva em território defensivo, com um meio-campo a leste:

Onzes provável do FC Porto:

Onze provável do Austria Viena: