Cristiano Ronaldo venceu esta noite a Bola de Ouro 2013, em Zurique, na Suíça. O avançado português de 28 anos, goleador máximo do Real Madrid, apontou um total de 69 golos no ano de 2013, entre Selecção e clube, superando assim Messi (Barcelona) e Ribéry (Bayern Munique). Ronaldo torna-se assim o primeiro português a vencer o troféu por duas vezes, depois de Eusébio, em 1965, e Figo, em 2001, terem sido eleitos Melhores Jogadores do Mundo. 

2013 mais Ronaldo dá 69

Quatro anos depois, Ronaldo sobe novamente ao primeiro lugar do futebol mundial, pondo cobro a quatro bolas de ouro consecutivamente conquistadas por Lionel "La Pulga" Messi. Nas últimas semanas, o nome de Ronaldo vinha sendo apontado como o principal favorito ao troféu. Num ano em que não conquistou nenhum prémio colectivo, o jogador português sucedeu em superiorizar-se aos demais nomeados, ao apontar 69 golos em todas as competições que disputou, além de conseguir o título de melhor artilheiro (12 golos) da Liga dos Campeões, ainda que o seu clube não tenha disputado a final da prova.

2013 foi, de facto, um ano em que sucesso rimou com Ronaldo. Durante a primeira metade do ano, o internacional português apontou 33 golos em 19 jogos pelo clube madrileno, dando força à corrida do Real atrás do prejuízo sofrido na primeira etapa da época, que permitiu a descolagem do Barcelona em direcção ao topo da Liga espanhola. Nesses 19 jogos, Ronaldo somou três hat-tricks e bisou em cinco outras ocasiões. Já na primeira volta do campeonato vizinho, na época 2013/2014, Ronaldo continuou  fazer estragos: em 21 jogos, o madeirense assinou 27 golos em 21 encontros (bisando três vezes e festejando cinco hat-tricks), e na Liga dos Campeões é, até ao momento, o melhor marcador da prova, com nove tiros certeiros, o que constitui também um recorde na história da competição.

Ronaldo subiu ao palco com o filho e emocionou-se na altura de receber o galardão. (s/f)

Levar Portugal em ombros

Se a campanha de 2013 pelo Real Madrid pôde colocar a Bola de Ouro novamente nas mãos do capitão da selecção portuguesa, o seu papel na Equipa das Quinas foi igualmente preponderante no destacar do nome de Cristiano Ronaldo em face da sua competição. Depois de um hat-trick ante o Luxemburgo, na fase regular da qualificação (na mesma fase, mas ainda em 2012, marcara um golo frente à Irlanda do Norte), o capitão luso deveria ombrear com Zlatan Ibrahimovic, já que o sorteio colocara Portugal na rota da Suécia. E se o play-off não era boa notícia para Portugal, foi talvez a melhor arma de Ronaldo, que aproveitou o duplo encontro para definitivamente gravar o seu nome no quadro dos melhores futebolistas do mundo. Cristiano, que ganhou a alcunha de "O Comandante", depois da polémica sátira protagonizada por Joseph Blatter, praticamente arrumou os seus competidores, apontando os quatro golos da vitória no agregado por 4-2, saindo vitorioso o conjunto dos Navegadores. Depois de garantir a vitória caseira por 1-0 a Portugal, Ronaldo assinou uma exibição do outro mundo em Estocolmo, colocando três cerejas no topo do bolo, com três golos em bonitas jogadas individuais -- a grandes passes de Moutinho e Hugo Almeida -- onde convocou toda a sua velocidade, domínio de bola e potentíssimos remates colocados para destruir a muralha sueca, bem como as aspirações nórdicas a viajar para o Brasil em 2014.

Cristiano Ronaldo, formado na Academia do Sporting, transferiu-se em 2003 para o Manchester United, onde viria a conquistar a Bola de Ouro do ano de 2008. O avançado mudou-se então para Madrid, em 2009, e é agora distinguido, pela segunda vez na sua carreira, com o segundo título de Melhor Futebolista Mundial.

VAVEL Logo