Depois de duas vitórias sem turbulências de maior, o Benfica, já tranquilamente posicionado no primeiro lugar do Grupo D da Taça da Liga, vai receber, em casa emprestada, o Gil Vicente, num jogo que servirá para cumprir calendário, ao mesmo tempo que dará oportunidade aos jogadores menos experimentados de provarem o seu valor. Com 6 pontos, frutos de triunfos na Madeira, frente ao Nacional, e na Luz, contra o Leixões, os encarnados poderão lançar no onze jogadores menos habituados a sentir o peso titular da camisola, ao passo que o Gil Vicente, já afastado das decisões, terá também a oportunidade de testar as suas opções menos recorrentes, num jogo a feijões que antecederá novo duelo entre ambas as formações, esse a contar para a Liga Zon Sagres. Na outra partida do agrupamento, Nacional e Leixões travam-se de razões, noutra partida com poucas razões para entusiasmar: é tempo de analisar o modelo da competição e, provavelmente, encontrar outro esquema para a prova, de modo a eliminar os seus vários pontos fracos e a captar a competitividade que parece ter desertado o formato.

Benfica não sofreu mas pouco convenceu

A actuação do Benfica nas duas partidas efectuadas foi medíocre, o que traduz a baixa qualidade apresentada pelas equipas nesta competição. Duas vitórias calmas, nada excitantes mas que foram mais que suficientes para garantiar uma passagem relaxada às meias-finais da Taça da Liga. Sem ver a sua baliza ameaçada, o Benfica marcou três golos (um na Madeira, pela cabeça do central oponente, Mexer, e dois na Luz, por Djuricic e Cavaleiro) e carimbou pragmaticamente e, mediante esforço comedido, a meia-final de uma prova que já venceu por quatro vezes, três delas no mandato técnico de Jorge Jesus. No encontro com o Leixões Jesus operou algumas mudanças no onze inicial, oferecendo protagonismo a Jardel, Steven Vitória, Rúben Amorim, Djuricic e Funes Mori, todos elementos distantes do escalonamento principal e amanhã deverá repetir a aposta, podendo até lançar na partida jovens valores da equipa B que vêm reivindicando o seu espaço nos A's dos encarnados. 

Luz poupada, titulares também o serão

O Benfica deverá, por certo, poupar todos os seus activos mais utilizados, por forma a resguardá-los de esforços desnecessários, tendo em conta que o mês de Fevereiro será duro e demorado: 8 jogos significarão um grande desgaste dos jogadores mais fundamentais do plantel de Jesus, que já alertou, no rescaldo do encontro contra o Marítimo, para tal período intenso de competição. Assim, André Gomes está na linha da frente para, com Amorim a seu lado, comandar o meio-campo encarnado, estreando a titularidade nesta época. Cavaleiro e André Almeida deverão também dar corpo ao onze encarnado. Se o relvado da Luz será poupado devido a seu péssimo estado, também os titulares habituais o serão: poupança completa no Restelo num jogo de cumprir calendário.

Gil ameaçou não falta «em nome do futebol português»

Devido à deslocação do local da partida, que passou do previamente designado Estádio da Luz para o relvado do Restelo, António Fiúsa, presidente do Gil Vicente, admitiu a possibilidade de não comparecer ao duelo, sublinhando a indignação pela falta de notificação do Benfica em relação à mudança. Apesar disso, o clube emitiu um comunicado oficial, afirmando que irá comparecer no Restelo para defrontar as «águias», tendo em consideração o futebol português. Devido ao pedido unilateral do Benfica, o Gil fez denotar a «indelicadeza» e a «legalidade» do comportamento benfiquista, acedendo, ainda assim, a alinhar frente aos encarnados: «Não obstante, previna-se que assim se admitiu a realização do jogo para não beliscar o crédito e a imagem do futebol Português». 

Leixões e Nacional cumprem também calendário

As duas equipas, ambas derrotadas pelo já qualificado Benfica, não têm possibilidade de progredir para a próxima fase da competição. O jogo, a disputar-se no Domingo, será realizado na casa dos leixonenses, às 15 horas. Com apenas 1 ponto, obtido num empate a duas bolas contra o Gil Vicente (golos de Djaniny e Reginaldo para o Nacional e dois e Danielson para o Gil) o Nacional é favorito à vitória, beneficiando ainda do bom momento de Reginaldo, reforço que tem balançado as redes contrárias. O Leixões tem igualmente 1 ponto, fruto do empate 0-0 ante o Gil: os de Barcelos posicionam-se no segundo lugar do grupo, com dois empates.