O Sporting deslocou-se ao Estádio 25 de Abril, sabendo que a vitória sobre a equipa da casa poderia não ser suficiente para chegar à proxima fase. O «score» de golos era favorável ao FC Porto que recebia o Marítimo no Dragão. A equipa de Leonardo Jardim jogava com os pés em Penafiel e os ouvidos no recinto portista: até ao minuto final, tudo poderia acontecer. 

Entrada de leão...do Penafiel

O técnico madeirense privado do lesionado Slimani - habitual titular nesta competição - lançou Fredy Montero novamente no ataque. Na baliza Boeck foi novidade, assim como Eric Dier na defesa e Vitor, Carlos Mané e Carrillo no meio campo ofensivo. Pouco habituados a um terreno pesado e mais curto, os leões voltaram a sentir as dificuldades iniciais que passaram em Arouca. Isto graças, à pressão incansável do conjunto penafidelense. A estratégia da equipa da casa ia surtindo efeito: os leões não conseguiam construir o seu jogo, optavam pelo futebol directo e raramente passavam o meio campo com perigo. A equipa comandada por Miguel Leal estava confortável na partida e mais cómoda ficou, quando na ressaca de um canto, Aldair com um remate fenomenal colocou o Penafiel em vantagem. Um tiro indefensável apesar da bela estirada de Marcelo Boeck, que ainda tocou na bola.

A monotonia leonina foi despertada com este golpe e Jardim percebendo a dificuldade da equipa em jogar apoiado, abdicou de Vitor e lançou, em boa hora, Wilson para se juntar a Montero no ataque. Comandados por Adrien e William Carvalho os leões num ofensivo 4-2-4 foram encostando o Penafiel às cordas até que em cima do intervalo, William num ressalto após um livre de Montero, descobre Mané no coração da area, que de cabeça empata a partida. Foi o segundo golo do jovem extremo na sua segunda partida a titular na equipa de Alvalade.

Reviravolta carimbada

Na segunda etapa, o Sporting dominou por completo a partida e superou sem problemas as condicionantes do jogo. O desgaste físico que o acumular de jogos recentes e a pressão enorme da primeira etapa tiveram na equipa da casa foram fundamentais para a quebra do Penafiel. A jogar com dois homens de frente e um futebol mais directo os leões criaram chances mais do que suficientes para dilatar o marcador. O 1-2 estava eminente e foi através de uma tabela entre Montero  e Jefferson que Wilson virou o resultado. O mesmo Montero veria Coelho negar lhe com classe o golo e ainda teria uma perdida incrível com um cabeceamento muito torto. Adrien fecharia o placar de grande penalidade depois de uma arrancada de Eric Dier, apenas travada com recurso à falta pela muralha penafidelense. Quando terminou a partida em Penafiel, os leões estavam apurados. Contudo, apesar de estarem marcados para a mesma hora, o jogo do Dragão iniciou-se com atraso e só quatro minutos depois é que os leões souberam que tinham sido eliminados, no último lance do encontro entre Porto e Maritimo.

Jardim deixou críticas à Liga e Miguel Leal elogios à sua equipa

Leonardo Jardim: «Não entrámos bem mas depois de termos sofrido o golo fomos mais pressionantes, mais dominadores e acho que vencemos bem. Não cumprimos o objetivo mas o futebol é isto. Fizemos sete pontos mas não conseguimos passar. Quando acabou o nosso jogo estávamos apurados e cinco minutos depois o FC Porto marcou. É de lamentar este tipo de jogos não começarem e acabarem ao mesmo tempo. Pode levantar suspeitas. Não é bom para o futebol. Era importante a Liga corrigir esta situação»,  afirmou o timoneiro madeirense.

Miguel Leal: «Fomos uma equipa que jogou o jogo pelo jogo. Sofremos três golos mas fomos uma equipa sempre muito competitiva. Premiámos a nossa massa associativa com esta exibição. Demos tudo. Comportámo-nos ao nível de uma primeira Liga"», frisou o jovem treinador.

Foto: Sporting.pt