Nenhum dos clubes está no seu melhor momento. O Marítimo no décimo lugar da tabela e com a Europa League mais longe do que a descida. Numa zona cómoda, também é certo, mas sabendo que, se ficar dormido nesta altura do campeonato, pode acabar com a corda ao pescoço.

À sua frente vai estar um FC Porto que viu sair o seu capitão, Lucho no passado fim de semana e que tem recebido uma chuva de informações com possíveis saídas de jogadores importantes como Fernando, Mangala ou Otamendi. Também foi resolvido nestes últimos dias o estranho caso de Izmailov, que saiu a caminho do Azerbaijão por empréstimo ao FC Gabala.

Agora na Liga

Mas os focos estarão centrados na comparação do acontecido no jogo do fim de semana passado, partida na qual os madeirenses mostraram uma grande competitividade, colocando em grandes dificuldades o Porto no seu próprio feudo, apoiado numa rede defensiva muito forte, sem permitir aos jogadores portistas aparecer e aproveitar bem suas possibilidades na área rival.

Porém, agora os dragões sabem melhor as armas que o Marítimo vai utilizar, depois de uma semana para encontrar os pontos fracos dos insulares. Se bem parece difícil que a efectividade dos leões da Madeira vá ser tão boa, mas que já tem ao azuis e brancos sob aviso do que pode acontecer se baixam a intensidade.

De facto será mais uma prova para o jogo de uma equipa que, se quer lutar pelo título da Liga, deve melhorar na continuidade e qualidade do seu jogo. Todas as linhas do onze do Porto têm sido afectadas pela descida de nível das suas exibições. A defesa não tem sido tão forte, o trabalho de criação dos médios quase desapareceu e até Jackson viu seu olfacto de golo fugir.

A hora de Defour

Com a situação actual dos dragões, o meio do campo deverá ser completado neste jogo por Defour junto ao Fernando e o Carlos Eduardo. O belga terá a oportunidade por que tem esperado desde há algum tempo, mas não vai ser na sua posição habitual. Terá de fazer funções defensivas e ofensivas, chegando na segunda linha ao ataque.

Com Fernando fora da lista de convocados de Paulo Fonseca o sistema parece que não vai ser mexido, mas as características dos jogadores presentes no onze vão variar o estilo da equipa de forma importante. Com o número 35 a fazer o trabalho de Fernando e Carlos Eduardo na posição que vem ocupando nos últimos jogos, faltará saber quem será o terceiro colocado nessa área do relvado.

Há várias escolhas possíveis para essa vaga. Por um lado poder-se-á mexer para o meio Josué, permitindo que os extremos sejam Quaresma e Varela; por outro poder-se-á voltar a ver a um dos esquecidos Quintero ou Herrera, com o português descaído num dos lados. De qualquer forma, a saída de Lucho é mais um problema a adicionar a um centro do campo que já dava dores de cabeça ao Fonseca com o argentino ainda no plantel.

Ainda na metade do campeonato, este jogo pode supor uma mudança nas dinâmicas das equipas e ser um recomeço daquilo que o futuro reserva a cada clube. Uma nova forma de encararr os jogos para o Porto surgirá caso vença na ilha, enquanto para o Marítimo abrir-se-á um futuro mais tranquilo caso saia com um resultado positivo na visita aos dragões.

Onzes prováveis