Às 23:36 horas confirmava-se, para lá de qualquer rumor ou dúvida, o avultado encaixe financeiro do Benfica, que nos minutos finais da janela de transferências arrematou uma quantia de 45 milhões de euros pela venda dos direitos económicos de Rodrigo e de André Gomes. Um fundo de investimento reuniu a grande quantia de dinheiro que satisfez as pretensões dos encarnados, que nunca esconderam a necessidade de obter um retorno financeiro imediato. Assim, depois da venda de Matic, por 25 milhões de euros, o clube da Luz recebe agora mais 45 milhões, 30 provenientes da venda do passe de Rodrigo e os restantes 15 referentes à alienação do passe de André Gomes. A cobiça internacional foi mais forte e os dois jogadores acabam mesmo por ver a sua continuidade na Luz limitada aos próximos seis meses, devendo ingressar noutros clubes no final desta temporada.

Benfica encaixa 70 milhões no mercado de Inverno

Primeiro Matic, agora Rodrigo e André Gomes: um total de 70 milhões de euros para tapar os buracos financeiros do clube, que no defeso de Verão absteve-se de vender os seus activos, perdendo-os agora, a meio da temporada. O negócio efecutado prevê ainda que a venda de Rodrigo possa render 10 milhões adicionais consoante o rendimento do avançado, enquanto que a venda do médio português prevê um valor de 25% de uma transferência futura a reverter a favor dos encarnados. A extrema necessidade de receber dinheiro fresco, repetida pelo presidente Luis Filipe Vieira, é assim saciada, acalmando as contas, no vermelho, do clube da Luz. 

Vendidos ao Meriton Capital Limited

O nome parece ser desconhecido e algo nebuloso, difícil até de reconhecer, mas o fundo de investimento Meriton Capital Limited, de facto, foi o comprador dos passes dos dois jovens encarnados, como consta no comunicado oficial do Benfica à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A venda, de contornos ainda misteriosos, deixa antever a saída dos jogadores já no final da época, apesar do destino destes ser ainda uma total incógnita. A questão da existência de fundos de investimentos (proibidos em Inglaterra, por exemplo) está longe de ser consensual no mundo do futebol devido à falta de transparência de actuação destes organismos financeiros de difícil delimitação prática, apontados também como formas de contornar o «fair-play» financeiro exigido pela FIFA. 

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