O Futebol Clube do Porto entra em campo este domingo, depois de ter sido derrotado no Estádio dos Barreiros, frente ao Marítimo, o que representou mais um passo atrás na luta pelo título de campeão português. Para alcançar a 12ª vitória no campeonato e assim fugir ao 3º lugar, Jackson e companhia esperam ultrapassar a muralha defensiva da equipa do Paços de Ferreira. Para este encontro, Paulo Fonseca chamou o central Abdoulaye e o médio Fernando, numa partida em que os actuais campeões nacionais esperam aproveitar o desfecho do dérbi lisboeta e somar 3 preciosos pontos, aos 36 que já obteve nas 17 primeiras jornadas da Liga Zon Sagres.

A formação pacense desloca-se até ao Porto com o intuito de dar sequência ao triunfo alcançado frente ao Olhanense e, assim, continuar a difícil caminhada de fuga à despromoção. Com o objectivo de alcançar, no mínimo, 1 ponto no Dragão, os «castores» que ocupam, neste momento, a 15ª posição, em igualdade pontual com o Olhanense, que é o último classificado com apenas 13 pontos conquistados, vão tentar reencontrar o caminho das vitórias, que tantas alegrias deram aos adeptos, na época passada. A principal novidade nos eleitos de Henrique Calisto é o regresso do defesa Ricardo, sendo ainda de assinalar duas baixas de vulto nos convocados: Carlão, por queixas musculares e Tony, por castigo. A contar para a 3ª jornada da 1ª volta do campeonato, o Porto deslocou-se até à Mata Real e, num golpe de sorte, o colombiano Jackson Martínez deu os 3 pontos aos dragões, na sequência de um pontapé de canto batido por Quintero, aos 76 minutos de jogo.

Futebol Clube do Porto demolidor frente aos pacenses

O técnico Paulo Fonseca reencontra, este domingo, uma equipa onde foi muito feliz. O treinador parece ser talhado para o 3º lugar da Liga, depois de ter alcançado essa posição ao serviço dos “castores” e ter sido uma campanha verdadeiramente sensacional, para um clube com a dimensão do Paços de Ferreira.

Enquanto treinador dos dragões, o técnico procura dar continuidade aos bons resultados que o Porto tem frente ao Paços de Ferreira onde, até ao momento, se verificaram 34 partidas entre as duas formações, com 26 vitórias para o FC Porto, 6 empates e 2 vitórias para os pacenses. No estádio do Dragão, o historial é ainda mais desfavorável para a equipa da capital do móvel, uma vez que nunca conseguiram vencer, tanto no antigo estádio das Antas, como mais recentemente no estádio do Dragão. Os azuis e brancos já venceram, no seu reduto, por 14 vezes, tendo registado apenas 3 empates e nenhuma derrota. Para encontrarmos uma vitória do Paços de Ferreira frente ao Porto, temos que recuar no tempo até ao ano de 2003, com José Mourinho ao comando da equipa dos dragões, em que o Paços derrotou os actuais campeões nacionais, na Mata Real, por 1-0.

Depois da polémica, o esperado regresso de Fernando

Na formação portista, o principal destaque vai para o regresso de Fernando à convocatória e a consequente alteração no miolo azul e branco. O regresso de Abdoulaye, após o empréstimo ao Guimarães, veio colmatar o afastamento de Otamendi do plantel e trata-se de mais uma opção válida para a defesa.

Na baliza, Helton regressa às redes azuis, mesmo sem ter a renovação definida. Os laterais deverão ser Danilo e Alex Sandro, q ue terão o habitual envolvimento no ataque, sem nunca esquecer cautelas defensivas, uma vez que terão pela frente, o imprevisível Bebé, que poderá surpreender no contra-golpe. Maicon e Mangala serão a dupla de centrais, deixando Abdoulaye e Reyes de fora.

No meio-campo dos portistas, volta a estar em equação a questão do duplo pivot, composto pelo regressado Fernando e pelo belga Defour, que retiram claramente criatividade e dinâmica ofensiva, a um meio campo que com Lucho González ganhava outro “perfume” no passe e no jogo tecnicista. Perante isto, Fernando tem de partilhar o meio campo defensivo com Defour e quem perde é a equipa, por não beneficiar da qualidade de um jogador que já se encontra com “um pé” fora do Dragão. Com as más exibições de Defour, Paulo Fonseca poderá dar mais uma oportunidade ao mexicano Herrera, que tarda em justificar o investimento dos responsáveis do clube. A número 10, Josué deverá ser dono e senhor desta posição e, assim, substituir Carlos Eduardo, que se encontra lesionado.

Para o sector ofensivo, Varela tem demonstrado algum défice exibicional mas deverá fazer parelha com Quaresma, nas alas do Porto. O “mágico” será o principal desequilibrador do ataque e conta servir o mortífero Jackson Martínez, que se mantém com 13 golos na Liga Zon Sagres.

Bebé pronto a embalar o Dragão

Para os comandados de Henrique Calisto, pontuar no Dragão é o principal objectivo e, como tal, o técnico que habitualmente privilegia uma táctica defensiva, será cauteloso ao encarar esta partida. Os pacenses contam adiar ao máximo o primeiro tento dos campeões nacionais e, com um bloco baixo, deverão apostar no contra-ataque, para surpreender os dragões. Para esse efeito, o extremo internacional sub-21 Bebé, será uma séria ameaça às redes de Helton.

Na defesa, Tony é baixa importante e fará falta ao sector defensivo de uma equipa que tem um registo de 31 golos sofridos. No meio campo, André Leão será o “pulmão” do Paços e, como Paulo Fonseca bem conhece, será uma dor de cabeça para o conjunto portista. Outro internacional sub-21 é Sérgio Oliveira, que após ter feito toda a sua formação no Futebol Clube do Porto, reencontra o actual técnico dos dragões e, como número 10, dará primazia à sua qualidade técnica e forte remate. No ataque, Manuel José e Bebé serão as principais setas apontadas aos portistas e terão a difícil tarefa de fazer esquecer o lesionado Carlão.

As declarações dos técnicos

Para não deixar escapar os rivais, o FC Porto tem que encarar esta partida com seriedade e, como diz o técnico Paulo Fonseca: “Falta muito para o fim do campeonato e, pela desvantagem que temos na classificação, será uma das jornadas muito importantes da Liga, como serão todas até ao final. Temos a noção de que a nossa margem está reduzida em função da desvantagem pontual que temos”.

Para os pacenses, é fulcral pontuar no Dragão e, como tal, este embate poderá ter uma motivação extra, para uma equipa que quer permanecer no principal escalão do futebol português. Para o técnico Henrique Calisto: “O FC Porto não tem estado bem, mas é nesses momentos que os grandes clubes fazem das fraquezas forças. O FC Porto precisa dos três pontos e nós de pontos”.

Paulo Fonseca aborda o tema Fernando: