Os azuis e brancos caíram na Liga Europa, depois de terem ficado no terceiro lugar no grupo G da Liga dos Campeões. Este acabou por ser um mal menor para a equipa, tendo em conta que correu mesmo o risco de ficar fora das provas europeias. Por isso é de esperar que o Porto aposte forte em chegar longe na competição. Como primeiro obstáculo terá o Eintracht Frankfurt, o clube alemão venceu o grupo F na primeira fase da prova e com o actual 12º lugar no campeonato, vê na Liga Europa uma tábua de salvação para esta temporada.

História joga a favor dos dragões, mas último desafio sorriu aos alemães

Falar de encontros entre Porto e turmas alemãs é falar da mítica vitória por 1-2 frente ao Bayern Munique, na final da Liga dos Campeões em Viena no ano de 1987. Apesar deste ser o primeiro confronto entre os dragões e o Eintracht, «o histórico do Porto com equipas germânicas é longo e positivo». Em 25 encontros com formações alemãs, os azuis e brancos venceram 11, empataram 5 e perderam por 9 ocasiões. A supremacia dos dragões é sobretudo em casa, onde contam com 7 triunfos, 2 empates e 3 derrotas. Fora de portas o Porto já venceu por 3 vezes, empatando outras tantos, tendo perdido por 6 vezes. No entanto «a última vez que os portistas mediram forças com uma equipa alemã, a vitória foi dos visitantes». Estávamos no ano de 2008 e jogavam-se os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, o adversário era o Schalke 04. Depois de perderem em Gelsenkirchen por 1-0, o Porto aplicou o mesmo resultado na partida da segunda mão com um golo de Lisandro Lopez aos 86' minutos, a partida seria decidida nas grandes penalidades onde brilhou Manuel Neuer, que fez nessa noite talvez a melhor exibição até ao momento da sua carreira.

Ambição e inexperiência: o contraste do Eintracht

A formação alemã chega a este encontro depois de uma derrota por 4-0 para o campeonato frente ao Borussia Dortmund. O técnico Armih Veh contratado em Maio de 2011, levou a equipa ao sexto lugar na última temporada e reconhece o favoritismo do Porto devido à sua maior experiência em jogos internacionais, mas não deixa de referir que no futebol «há sempre surpresas e que podem surpreender». Não deixa de ser relevante que apesar da prestação a nível interno estar a decepcionar os adeptos, o facto é que a nível europeu o Eintracht Frankfurt tem dado provas de que pode ser um adversário bastante complicado, e um verdadeiro caso em que as aparências podem iludir. Senão vejamos, «a equipa ganhou sete dos oito jogos que já fez nesta edição da Liga Europa», visto que teve de disputar um playoff de acesso à fase de grupos, onde teve «a sua única derrota diante do Maccabi Tel-Aviv por 4-2». Por outro lado a turma alemã já não marcava presença nas provas internacionais desde a temporada 1994/1995, onde caiu nos quartos-de-final frente à Juventus.

O regresso de Carlos Eduardo

É a nota de maior destaque na convocatória portista. Paulo Fonseca volta a poder contar com Carlos Eduardo, o médio está recuperado da lesão e pode ser opção para o meio-campo azul e branco. De fora ficam Mikel e «Abdoulaye, que por já ter representado o Vitória de Guimarães na Liga Europa, não pode alinhar nas provas europeias». O 4-3-3 é para manter num onze, onde Helton será o guarda-redes, numa linha de quatro defesas composta por Danilo e Alex Sandro nas laterais com Mangala a ter ao seu lado Maicon. No centro do terreno «Carlos Eduardo poderá ser aposta de início» ao lado de Fernando e depois «a dúvida, Josué ou Herrera». O trio ofensivo terá como sempre Silvestre Varela e Ricardo Quaresma nas alas a servirem o ponta-de-lança, Jackson Martinez.

Ausências obrigam a mudanças tácticas no lado alemão

O técnico Armih Veh está a contas para apresentar o melhor onze possível no jogo do Estádio do Dragão. Na defesa Celozzi e Bamba estão fora para a partida desta noite, enquanto no meio-campo «o capitão de equipa Pirim Schweger, está em dúvida até à hora do jogo». Já a presença de Barnetta parece mais díficil. Kevin Trapp tem lugar garantido na baliza, no quarteto defensivo devem alinhar Sebastian Jung no lado direito e Constantin Djakpa no esquerdo, com Zambrano a ter como companheiro ao centro o médio Alex Madlung, avançando para o meio campo Marco Russ, que terá junto a si Tobias Weis, com Jan Rosenthal e Martin Lanig mais descaidos para as alas e o «organizador de jogo e melhor marcador da equipa Alexander Meier», a jogar nas costas do ponta-de-lança checo Václav Kadlec.

Onzes prováveis