A sorte virou novamente as costa ao Porto. Os postes, o guarda-redes rival e a pouca pontaria fez que com meia eliminatória percorrida, a vantagem dos dragões só seja de uma bola a zero. Porém, há outra leitura. Aquela que mostra um Porto forte, que já vence no seu reduto e que em muitos momentos tem cara de candidato.

É que o Dragão viu a sua equipa de sempre desde o início. Mandou e obrigou ao Beto a fazer uma exibição de grande qualidade. A defensa do Sevilha cortava os cruzamentos da melhor forma que podiam e não conseguiu chegar à área de Fabiano até que passaram muitos minutos do jogo. Aí foi onde Fernando, Defour e o esforço deCarlos Eduardo puseram ao clube da Invicta um passo adiante do rival. Os três apagaram do jogo Rakitic, Reyes e Bacca.

Os corredores como origem

Os grandes protagonistas do ataque foram os extremos e os laterais. A equipa de Luís Castro conseguiu outra vez criar jogo nos últimos 30 metros do terreno de jogo e querQuaresma quer Varela se converteram nas principais referências. Sempre com o bom apoio de Alex Sandro e de Danilo, tão activos no ataque como assertivos atrás.

Importante é reparar na importância destes jogadores na exibição oferecida pelo Porto, assim como desfrutar da qualidade do Ricardo Quaresma para, uma e outra vez,demostrar que é um jogador diferente. Para o bom e para o mau. Para perder uma jogada que podia ser ainda mais perigosa por fazer uma finta a mais como para ser o mais inteligente sobre o relvado e assistir Mangala para o tento solitário.

Foi um lance rápido, com o Sevilha a protestar uma falta apitada pelo árbitro inglês e o extremo a pôr uma bola redondinha que o central cabeceou com a alma. O francês saltou em prancha para bater Beto: foi só o início da espectacular partida que Eliaquim iria oferecer ao adeptos.

Se a primeira meia hora do confronto foi claramente a favor dos dragões, o quarto de hora antes do intervalo acabou com o rival a reclamar que o intervalo tivesse chegado. Defour, que sem fazer grande alarido técnico fez um jogo muito sério, enviou a bola ao poste da baliza de Beto.

Festival Mangala e o segundo não chega

Na segunda metade o nível manteve-se até que as substituições mexeram com o rumo do jogo. Emery tentou mudar o ritmo do jogo que o Sevilha começara a dominar, enquanto o treinador portista apostou em jogadores mais ofensivos, na procura doutro golo.

Dessa forma o meio campo portista perdeu peso. Sem Defour e Carlos Eduardo,Fernando ficava isolado nas tarefas de destruição de jogo contrário. Entre Herrerae Quintero, só o segundo foi capaz de participar no jogo compensando sua falta de trabalho na recuperação. Este facto, junto à diminuição de nível físico, fez crescer o Sevilha, assim podendo-se explicar que dos 7 remates dos visitantes, 5 fossem nos últimos 20 minutos da partida.

Mangala num lance do jogo. Foto: squawka.

Momento em que Fabiano aproveitou para apresentar-se à velha Europa eMangala para fazer lembrar que ele sempre esteve seguro no centro da defesa. O guarda-redes respondeu bem ao desafio e deixou sem resposta os goleadores sevilhanos, mas o defesa se erigiu como o melhor sobre a relva do Dragão. Amargou a noite aos homens do ataque espanhol, sempre pronto para cobrir os laterais, e pemitiu que Diego Reyes continuasse com a progressão dos último jogos.

Além do fraco resultado, que poderia ter sido mais dilatado, o jogo fica marcado pelaausência futura de Jackson Martínez e de Fernando no próximo jogo da Liga Europa. O avançado cumprirá castigo por acumulação de cartões amarelos e o médio foi expulso por infracção na tentativa de parar um contra-ataque. Atkinson só parou o jogo com a segunda falta e admoestou o jogador com dois cartões amarelos, um por cada falta.

Assim será importante ver que solução dará Luís Castro a um meio-campo que já deu muito problemas durante esta época e que neste jogo fez um grande esforço para anular o Sevilha ao longo do jogo todo. Resolução que saberemos dentro de uma semana numa cidade de boas lembranças.

Gameiro depois de falhar uma opotunidade. Foto: squawka.com

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