Numa noite marcada pelo nevoeiro, o Sporting foi a Paços de Ferreira vencer por 1-3, num jogo bem disputado e que permitiu ao Sporting continuar a sonhar além «play-off»,com uma entrada directa na Champions League.
Leão forte também manda fora de casa
O Sporting iniciou bem o jogo, muito pressionante, dinâmico e a dominar por completo oPaços. Em jogadas bem articuladas, tanto pelo meio, como pelas duas alas, hoje entregues a Capel e Mané, a equipa leonina foi intimidando a equipa da casa. O Paços tentava explorar o contra-ataque nas costas dos leões, tornando esta primeira parte muito interessante e intensa. No entanto, ia deixando sempre muito espaço no seu meio-campo, o que deu, durante todo o primeiro tempo, liberdade de comando, quase absoluta para William e Adrien.
Fruto desta mesma liberdade, ao minuto 14, o Sporting chega à vantagem no marcador por William Carvalho. O camisola 14 dos leões, subiu no terreno e tabelou com Slimani, que de calcanhar, devolveu a bola para que o centro-campista leonino entrasse pela grande área e batesse Degra.
Com esta vantagem da equipa visitante no marcador, o Paços, que desde a chegada de Jorge Costa,tem subido de rendimento, não se encolheu e partiu para o ataque, com principal destaque para Bebé, que sempre muito activo nas movimentações ofensivas do Paços chegou mesmo a incomodar Rui Patrício, que ao minuto 15 foi obrigado a defesa apertada.
Ao minuto 33, e numa fase em que o Sporting assumia novamente um maior pendor ofensivo na partida, chega o segundo golo. Na sequência de um canto batido por Adrien, Rojo, completamente “esquecido” ao segundo poste teve tempo para tudo: dominou e rematou para o fundo das redes pacences, marcando pelo segundo jogo consecutivo.
Após esta vantagem mais confortável no marcador, a equipa de Leonardo Jardim recuou um pouco as linhas e entregou a iniciativa ao Paços. No entanto, o jogo estava controlado, e tanto Maurício como Rojo foram resolvendo sem grandes sobressaltos as situações de ataque da equipa da casa. Ao intervalo, o marcador assinalava 0-2, a favor do Sporting.
Atrevimento pacense resolvido à bomba por Adrien
À entrada para a segunda parte, Leonardo Jardim foi obrigado a substituír Mané, que jogou condicionado durante largos minutos do primeiro tempo, entrando Carrillo para o seu lugar.
O Sporting optou por baixar um pouco as linhas, entregando novamente a iniciativa ao Paços. Durante os primeiros minutos, a equipa leonina encontrava-se sólida, compacta e ocupava bem os espaços, não permitindo grandes aventuras à equipa de Jorge Costa. No entanto, ao minuto 54’, Bebé, que se encontra de facto em grande plano, trocou as voltas a Jefferson e rematou forte, cruzado, para o fundo das redes da baliza de Rui Patrício. Estava feito o 1-2 no marcador e o Sporting sentiu-se algo pressionado, por um Paços que se agigantou e causou vários problemas à equipa lisboeta. O Sporting surgia a espaços e tinha dificuldades em saír, mas numa dessas oportunidades, não vacilou. À passagem do minuto 65’, numa jogada que começa a ser desenhada por André Martins, Adrien Silva fuzila Degra com um remate forte e colocado, sentenciando assim o jogo.
Com este golo, a turma de Alvalade subiu de novo e voltou a “assumir as despesas” no ataque, passando a estar mais ativa obrigando o Paços da recuar para a sua zona defensiva. Para a equipa da casa tudo se complicou mais ainda, ao minuto 71, quando Filipe Anunciação viu o segundo amarelo e recebeu ordem de expulsão por parte de Carlos Xistra. No entanto, surpreendentemente, o Paços reagiu. Envolveu-se mais no ataque, e não parecia sequer estar a jogar com dez. O final de jogo foi portanto, equilibrado, pautado por transições tanto de uma como outra equipa.
Fica o destaque para uma exibição muito positiva do Paços de Ferreira, no dia em que o Sporting garantiu, pelo menos, o acesso aos “Play-Offs” da Champions League, e pressionou o FCPorto na luta pelo segundo lugar.
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