Benfica e Porto enfrentam a decisão dos quartos-de-final da Liga Europa, tentando carimbar o passaporte para as meias-finais da prova, rumo ao objectivo final de um feito que aconteceu pela última vez pela mão do técnico André Villas-Boas, em 2011: vitória portista sobre outro contendor português, o Braga. O Benfica, que nunca ergueu o troféu, procura incrementar a sua boa época, juntando à conquista da Liga Zon Sagres a Liga Europa, depois de ter caído, na época passada, aos pés do finalista Chelsea, então orientado por Rafa Benítez.

Porto quer salvar-se na Europa

O Porto, que desiludiu na caminhada da liga nacional, vê na competição europeia uma forma de transformar uma época cinzenta num percurso que, apesar de sinuoso, poderá ainda terminar em beleza, caso o clube portista erga a Liga Europa. Para tal, o Porto terá de ultrapassar o Sevilha, tendo já completado metade da tarefa, quando, há precisamente uma semana, venceu os espanhóis no Dragão, por 1-0, com um golo de Mangala. Agora, em pleno Rámon Sánchez Pizjuán, o clube nortenho precisará de carimbar a passagem à meia-final, bastando para tal um empate mas, acima de tudo, uma exibição segura, confiante e destemida.

Benfica roda, roda e volta a ganhar

Jorge Jesus tem encetada uma política de rotatividade do plantel, rodando vários jogadores entre as variadas provas onde o Benfica está inserido, fazendo assim descansar jogadores e gerindo o seu esforço nesta recta final da temporada. Jogando em quatro frentes, os benfiquistas têm tido sucesso nesse pragmatismo de rotação dos seus activos: em Alkmaar, na primeira mão da eliminatória, Jesus rodou (até Artur jogou) e deverá voltar a empregar um onze desguarnecido de algumas das suas estrelas habituais. A vitória forasteira, por 0-1, dá uma boa segurança à equipa encarnada, que na Luz terá a obrigação de desferir o golpe final à equipa de Dick Advocaat. Salvio, autor do golo em Alkmaar, deverá voltar à titularidade, assim como Sulejmani e Cardozo.

Luis Castro busca glória inesperada

Até à pouco treinador do FC Porto B, Luis Castro tem agora nas mãos uma equipa que combate por um lugar nas meias-finais de uma prova europeia, a poucos passos de poder disputar uma finalíssima potencialmente gloriosa para o seu currículo de treinador. O substituto de Paulo Fonseca emprestou nova motivação à formação azul e branca, imprimindo uma dinâmica positiva quando comparada com a do seu antecessor: a prova disso está no sucesso da operação «Nápoles», cuja passagem despertou o ímpeto europeu do clube, e também na vitória frente ao Sevilha, que pecou por escassa em volume de golos dada a boa exibição portista.

Jesus procura o triunfo que lhe fugiu por duas ocasiões

Jorge Jesus já teve duas hipóteses de erguer a Liga Europa mas, nessas duas ocasiões, foi ultrapassado pelos adversários, primeiro pelo Braga (na meia-final da prova) e depois pelo milionário Chelsea, na final do ano passado, jogada em Amsterdão, na Holanda. Agora, a poucos minutos de dar o passo para a meia-final desta edição da competição, Jesus antevê três equipas nas suas cogitações, três equipas que poderão dificultar o caminho encarnado rumo à final: Juventus (a favorita, que jogará a final em sua casa), os suícos do Basileia e os rivais do Porto, caso estes confirmem as expectativas frente ao Sevilha. Conseguirá o Benfica «matar o borrego» da Liga Europa desta vez?

Onzes prováveis