Depois de mais um sucesso europeu, o Benfica regressa à Liga ZON Sagres para um encontro que poderá inclusivamente vir a constituir a confirmação do regresso aos títulos nacionais ainda que, ressalve-se, não parece líquido que tal venha a suceder este fim-de-semana visto que para a possível feste encarnada o grande rival Sporting teria de pelo menos não vencer.

Se o Gil Vicente ajudar…Benfica poderá celebrar o título contra o Arouca

Apenas haveria expectativas de título na Luz em caso de ‘escorregadela verde-e-branca’, com o Sporting empatando ou perdendo em Alvalade perante o Gil Vicente quando parte como claro favorito, sem esquecer a obrigatória necessidade de alcançar os três pontos perante o Arouca.

Para trás ficou o AZ Alkmaar, um conjunto que segundo referiu o comentador televisivo Joaquim Rita «está longe de ser uma grande equipa» e que na verdade revelou nas duas mãos dos quartos-de-final da Liga Europa evidentes fragilidades defensivas que se revelaram mesmo no excessivo recurso à falta. Por outro lado o AZ deixou alguns bons sinais em termos atacantes, nomeadamente no seu trio atacante composto pelos extremos Roy Beerens e Steven Berghuis, assim como o seu ponta-de-lança Aren Johannsson.

Antes da Liga, as águias seguiram sem tremer na rota das vitórias

Assim sendo, ao Benfica bastou apenas comprovar que a sua superior qualidade futebolística seria suficiente para levar de vencida o seu adversário, conseguindo com isso voltar a vencer na Holanda 45 anos após o último triunfo conquistado, como veio mesmo a suceder.

Passado o oponente holandês, o Benfica assegurou uma vez mais a presença nas meias-finais da prova europeia, mantendo bem vivas as aspirações de colocar uma equipa portuguesa no encontro decisivo e como sustentava também o antigo porta-voz e actualmente comentador Eládio Paramés, “acredito que Jorge Jesus venha a fazer grandes alterações e o que se chama de gestão do plantel.”

Como tal, serão de esperar algumas alterações na equipa benfiquista, algumas forçadas e outras por mera opção, como deverá suceder na baliza, na qual apesar da boa resposta dada por Artur Moraes deverá haver lugar ao regresso de Jan Oblak.

Passando ao sector defensivo, a primeira dúvida situa-se desde logo nas laterais. Com Sílvio fora de combate até ao final da época, ainda assim na banda direita Maxi Pereira encontra-se de regresso às opções, juntando-se a André Almeida, que a seu favor terá a muito interessante prestação que rubricou perante o AZ; no que diz respeito à lateral esquerda, e apesar do desgaste a que tem sido sujeito, Guilherme Siqueira deverá permanecer na equipa titular.

Dúvidas na composição da equipa titular, com as alas atacantes em destaque

No que concerne ao meio-campo, tanto no centro do terreno como nas próprias alas residem algumas dúvidas, sendo que Ljubomir Fejsa parece confirmado como médio mais recuado. Junto ao sérvio poderá estar Enzo Perez, um habitual titular mas também um dos elementos para os quais uma gestão física nunca é demais descurar, mas também André Gomes poderia vir a ter um merecido prémio pela serenidade demonstrada no mesmo posto nesta quinta-feira.

Quanto às alas, a ‘culpa’ é mesmo da qualidade e do ‘excesso de oferta’ que oferecem pelo menos três nomes para dois lugares em disputa, surgindo como candidatos Eduardo Salvio, ‘apenas’ o melhor jogador em campo frente ao AZ Alkmaar, Lazar Markovic, que tem sido um habitual titular, assim como Nico Gaitán, que não jogou frente ao AZ por castigo e neste encontro poderá retornar.

Destes três elementos, dois actuarão nas alas direita e esquerda, em apoio à dupla de ataque de Rodrigos composta por Lima, que regressará à titularidade, e o inspirado Rodrigo Moreno, que procurará levar a melhor sobre um Arouca que, diga-se, foi capaz de segurar os ímpetos da águia, poderá praticamente selar a manutenção na Liga em caso de vitória… mas parece mais interessado no encaixe financeiro proporcionado pela visita do líder. Essa terá sido a razão pela qual o clube cujo conjunto é comandado por Pedro Emanuel transferiu a partida para Aveiro, onde a tentação de uma lotação de 30 mil espectadores, grande parte adeptos benfiquistas na expectativa de festejar a conquista da Liga, terá falado mais alto.

Refira-se que, na primeira volta do campeonato, as «águias» receberam o Arouca, não tendo conseguido mais que um empate a duas bolas, tendo o Benfica estado em desvantagem por duas vezes.