Ainda sem ter pontuado em 2014, em claro contraste com os bons resultados da época passada, onde havia vencido a primeira corrida e subido ao segundo lugar do pódio na terceira, ambos pelo agora Ferrari Kimi Räikkönnen, a Lotus garante que está perto de ter os seus monolugares nas condições que lhe permitirão disputar os pontos, e muito desse sucesso pode depender das novas peças a estrear na China.

Correr atrás do prejuízo

A Lotus, à semelhança de outras equipas, tem sofrido problemas de fiabilidade na sua unidade motriz desde a pré-temporada, algo que se foi estendendo ao início da época: nem Romain Grosjean nem Pastor Maldonado conseguiram qualificar-se acima de 15º, por três vezes não chegaram à meta e o melhor feito foi o 11º lugar de Grosjean na Malásia. Nos dois dias de testes no Bahrain, após a corrida no mesmo circuito, o E22 completou apenas 32 voltas (Nico Rosberg, sozinho, concluiu 121 no seu Mercedes), antes de ser novamente forçado a regressar à garagem, com o motor uma vez mais a apresentar problemas. Para Nick Chester, director técnico da Lotus, isso significa que as restantes partes do E22 têm qualidade, e obriga a «avaliar e prioritizar as questões a resolver. Queremos resolver primeiro as questões de fiabilidade, para depois nos focarmos na performance e mostrarmos o nosso verdadeiro ritmo.»

Dar a volta já na China?

O original nariz gémeo projectado pela Lotus para 2014 (Foto: F1times.co.uk)

O técnico afirmou que a equipa está a aprender com cada nova saída do carro para as pistas, e que todos os componentes do E22 estão a ser alvo de testes e revisões. Para a corrida chinesa, a Lotus vai instalar uma série de novos componentes aerodinâmicos no seu monolugar, uma vez que estes, a par do motor e travões, são os maiores desafios que a equipa terá de superar brevemente. Sem desvendar quais, Chester anunciou ainda que no Grande Prémio seguinte, em Barcelona, novas melhorias serão introduzidas no E22, com algumas novidades a poderem recair sobre o "nariz gémeo" que a Lotus desenhou, solução única entre as equipas de 2014.

«Parcialmente dada a imaturidade do carro, ainda não conseguimos avaliar todas as capacidades de performance que queremos. (...) Sabemos que ainda estamos numa fase muito prematura da vida do E22, mas há áreas onde sabemos claramente que se pode puxar pela performance.», explicou Nick Chester.

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