Final de tarde em festa no Estádio Coimbra da Mota, na Amoreira. Após a derrota do Braga diante do Porto, os canarinhos garantiram assim, pelo segundo ano consecutivo a presença direta na fase de grupos da Liga Europa. Este é um feito inédito na história do clube, que foi por diversas vezes exaltado pelo speaker antes do começo da partida.

Primeira parte “morta” totalmente controlada pelo Estoril

O primeiro tempo do jogo de hoje na Amoreira não foi apaixonante, isso é certo. Contudo, o Estoril entrou forte e dominante como já vem sendo habitual em casa. Sempre com grande capacidade de circulação e posse de bola, remeteu o Paços de Ferreira, que apesar de tudo foi sempre ocupando e fechando muito bem os espaços, a tentativas de contra-golpe.

Os primeiros dez minutos foram ainda jogados com alguma intensidade, e os “canarinhos” conseguiram levar perigo à baliza de Degrá aos minutos 4 e 7. No entanto, pouco mais aconteceu durante o resto da primeira parte. A posse de bola foi uma estatística ganha pelo Estoril, mas furar a defensiva pacense foi sempre difícil. Excepção feita ao minuto 40, minuto em que nas bancadas se festejou o primeiro golo. Carlitos, numa diagonal da esquerda para o meio encontra João Pedro Galvão a “romper” pela grande área, assistindo o jogador para um golo fácil, que levou a melhor equipa em campo nos primeiros 45 minutos, a vencer para o tempo de intervalo.

Mais 45 minutos e a história mantém-se

Ao intervalo Jorge Costa retirou Minhoca e colocou em campo Fernando Neto. Foi evidente na disposição do Paços em campo, que a equipa que se encontra em risco de despromoção, subiu as linhas e tentou impôr-se perante o Estoril. Durante os primeiros minutos do segundo tempo esta alteração tática surtiu efeito e o Paços de Ferreira conseguiu aproximar-se mais vezes da área dos pupilos de Marco Silva. No entanto, com o decorrer do tempo, o Estoril voltou a crescer e a dominar por completo o jogo. A entrada de Balboa ao minuto 67 veio imprimir mais velocidade ao ataque pelas alas, posse de bola acentuou-se e a equipa “azul e amarela” conseguiu mesmo criar algumas situações de muito perigo, que só não resultaram em golo por displicência na finalização. Por outro lado, os pacenses apenas conseguiam aproximar-se através de pontapés livres e um ou outro canto que foram surgindo. Nos últimos minutos de jogo, a equipa liderada por Jorge Costa ainda tentou bombear bolas para a área adversária, mas as tentativas revelaram-se ineficazes.

No final dos 90 minutos, o marcador assinalou 1-0 para o Estoril-Praia que se mantém assim na perseguição ao FCPorto no terceiro lugar do campeonato, enquanto que o Paços de Ferreira, terceiro classificado na época passada, parece aproximar-se cada vez mais da descida de divisão.

Estoril muito forte, “teve mérito na vitória”

Na conferência de imprensa, Jorge Costa, quando questionado sobre o jogo, referiu que o resultado “foi justo” e deveu-se mais “a mérito do Estoril do que a demérito do Paços”. O Estoril é, segundo o técnico, “uma equipa que joga e que não deixa jogar”, algo que colocou grandes dificuldades a um Paços “bem defensivamente”, mas que fraquejou a “a dar profundidade ao jogo e a ter bola”.

Quanto à delicada situação do Paços de Ferreira na tabela classificativa, o treinador dos castores afirmou acreditar “que no final seremos felizes”.

Marco Silva permanece? Fica no ar a incerteza...

O técnico canarinho, foi primeiramente questionado, pelo Vavel Portugal, em relação aos objetivos para o fim do campeonato. Tendo em conta que o objetivo do acesso direto à Liga Europa foi atingido, colocou-se a eventualidade de a disputa com o FCPorto pelo terceiro lugar ser vista como novo objetivo nos horizontes estorilistas. A esta pergunta, Marco Silva respondeu, deixando no ar a hipótese, contudo, sem a confirmar vincadamente: “Em todos os jogos entramos em campo em busca da vitória e tentamos sempre pontuar”.

Quando questionado sobre se o seu futuro passava pelo Estoril ou não, Marco Silva foi enigmático: “nada está decidido ainda, mas quando houver uma decisão vou falar com a direção e decidir o que é melhor para o Estoril, e neste caso também para mim”.