Informações surgidas esta semana dão conta de que algumas equipas ainda não cumpriram todas suas obrigações contratuais com os pilotos que vestiram as suas cores na época transacta ou já em 2014. A Lotus, a Force India, a Sauber e a Caterham são alguns dos nomes referidos, numa altura em que, sem que haja nenhuma confirmação, se fala na possibilidade de uma greve de pilotos.

Fórmula 1 está em causa?

A situação não é nova, mas o impacto negativo que gera na modalidade, assumidamente uma das mais caras de todo o mundo desportivo e por isso altamente dependente do investimento dos construtores e seus patrocinadores, bem como da capacidade para atrair o público, exigirá a melhor atenção da FIA.

Devido a este problema financeiro, tem sido trazida a público a hipótese de uma greve de pilotos, para colocar pressão nas equipas devedoras e na própria FIA. Para já, porém, em nada será afectado o GP da China, a disputar este fim-de-semana. Nico Hulkenberg, com quem a Sauber ainda tem contas de 2013 por saldar, declarou que «não é verdade. Continuamos a discutir o problema sobre os salários em atraso. É uma situação que não é boa para a Fórmula 1, a modalidade rainha do desporto automóvel. Nunca discutimos uma greve, mas queremos que o problema seja resolvido de vez.», afirmou o agora piloto da Force India.

Associação de pilotos assina acordo

Esta semana, com vista a encontrar uma solução, a Associação de Pilotos de Formula 1 (GPDA) esteve reunida e elaborou um documento que prevê uma paralisação, caso a situação não seja rapidamente atendida. Este documento apenas não foi assinado por Kimi Räikkönen, que não pertence à associação, nem pelo britânico Lewis Hamilton, por simples recusa.

Nico Hulkenberg (ex-Sauber), Kamui Kobayashi (Caterham) e Adrian Sutil (ex-Force India) e a dupla da Lotus na temporada passada (Kimi Raikkönen e Romain Grosjean) foram os nomes referidos na imprensa internacional como tedo salários em atraso, mas entretanto o francês da Lotus já veio confirmar que a sua actual equipa já regularizou a situação: «Desde que a nova gestão assumiu o cargo, tudo foi resolvido e está bom.»

Numa altura em que tanto as equipas como a FIA e a direcção da Fórmula 1 discutem uma eventual introdução de limites aos custos por época, a questão dos salários dos pilotos soma-se aos argumentos sobre a mesa. Nas palavras de Hulkenberg, «[as equipas] não estão a falhar os pagamentos aos pilotos por diversão. Apenas não há dinheiro; o desporto é demasiado caro.»