Tem sido por muitos, especialistas, adeptos e não só, a qualidade desportiva e futebolística deste Benfica 2013/2014 que celebrou a conquista de um título nacional que quebrou uma hegemonia do FC Porto que tinha já três anos de duração.

Grande parte do sucesso para um Benfica campeão passa pela perseverança

No entanto, tanto quanto a valia desportiva ao Benfica tem valido a componente psicológica que tem predominado em situações que ameaçavam tornar-se perigosas ou até ferir de morte as aspirações dos encarnados. Mais: essa vantagem tem sido visível nas fases decisivas, leia-se, nas últimas semanas – atente-se às incidências da recente eliminatória da Taça de Portugal ante o FC Porto.

Dizia o treinador dos dragões, Luís Castro, que «podemos gerir a eliminatória em casa e depois virão mais 90 ou 120 minutos,» a revelação das intenções dos anteriores campeões nacionais para uma meia-final que se esperava apertada para qualquer que fosse o vencedor, e ambos os jogos comprovaram essas previsões

Nem mesmo as contrariedades fizeram a águia ‘baixar a guarda’

Para chegar ao Jamor o Benfica mais do que nunca teve de apelar à sua frieza emocional, desde a partida da primeira mão realizada no Dragão, na qual soube sofrer quando o seu adversário esteve por cima e assim evitar um resultado mais desnivelado do que o magro 1-0, até à resolução do confronto na Luz, na qual a equipa encarnada passou por momentos desfavoráveis.

Ante os azuis-e-brancos, o Benfica teve mesmo paciência para gerir o encontro, o resultado que permitia empatar a eliminatória aliado à precoce expulsão de Guilherme Siqueira. Sem perder a calma e com muito nervo, num sentido positivo, as águias conseguiam a sua primeira grande vitória no espaço de apenas uma semana.

Nervos poderiam ter-se abatido frente ao Olhanense, tal não sucedeu

Dias mais tarde, todos os benfiquistas se dirigiam novamente ao seu ‘santuário’, o Estádio da Luz, desta feita na expectativa de finalmente poder festejar a conquista da Liga ZON Sagres numa recepção a um aflito Olhanense que num misto de mérito defensivo e alguma sorte devido a ineficácia dos atacantes encarnados poderia colocar a equipa da casa com os nervos à flor da pele.


Puro engano: em branco até ao intervalo, a turma encarnada manteve a tranquilidade, não se descontrolou e apontou dois golos que foram suficientes para a conquista da vitória e para que a equipa pudesse perseverar, numa demonstração de força que poderá trazer ainda mais alegrias até ao final da época.