No GP da China, Hamilton voltou a ser primeiro e Rosberg a fechar a corrida em segundo, e o segredo que vai marcando a diferença para as Flechas de Prata poderá mesmo residir na velocidade de ponta. 

Mercedes voa baixinho

Se, até ao momento, as maiores rectas tinham sido as da Malásia, onde os Mercedes apontaram, de resto, a primeira dobradinha da temporada, a prova chinesa veio tornar ainda mais clara a vantagem das Flechas de Prata na sua velocidade máxima, possível de usar na recta de 1170m entre as curvas 13 e 14 do traçado de Shanghai. Com esta recta a representar 21,4% da distância de uma volta, todo os milésimos de segundo aqui conquistados poderiam ser determinantes para a classificação. E aqui os Mercedes continuaram a marcar a diferença para a concorrência, nomeadamente para os Red Bull. Rosberg e Hamilton foram os mais rápidos na zona de detecção, marcando 336,8km/h e 332,3km/h, respectivamente, claramente acima dos 321,7km/h de Ricciardo e dos distantes 318km/h de Vettel.

Missão difícil para a Red Bull

Sintomaticamente, o tetra-campeão mundial, Sebastian Vettel, afirmou que só seria possível alcançar a Mercedes «se se colocarem duas chicanes no lugar de cada recta.»

Esta ideia foi também corroborada por Christian Horner, director da Red Bull: «Fomos 22km/h mais lentos naquela recta de hoje [GP da China], o que representa quase 100m que estávamos a ceder naquela recta. É aí que temos de melhorar.»

O técnico afirmou que a Red Bull tem algumas correcções a fazer ao seu set-up, e que esperam dar já alguns passos em frente em Barcelona. O GP de Espanha será disputado no fim-de-semana de 9 a 11 de Maio.