Mais do que qualquer outra prova (talvez a Taça da Liga, competição na qual a águia é assídua vencedora ou finalista), a Liga Europa parece ter-se tornado a prova talismã para o Benfica, bastando para tal constatar o número de vitórias conseguidas pelos encarnados nesta prova nas últimas duas épocas.

É certo que o Benfica se junta a várias equipas do mais alto nível que se juntam numa segunda fase da prova e de imediato a dominam, transitando desde a Liga dos Campeões para se tornarem fortíssimos candidatos a levantar o troféu. Ainda assim, as águias têm transcendido o resultado de qualquer equipa da sua igualha.

Capacidade defensiva do Benfica vale uma Liga Europa imaculada

Para que se tenha uma real noção, o Benfica encontra-se a apenas um jogo, mais precisamente a final, de terminar a sua participação na Liga Europa sem qualquer desaire, devendo muita da sua capacidade ao entrosamento da sua linha defensiva da qual se destaca o capitão Luisão, que teve na eliminatória frente ao Tottenham o expoente máximo das suas muito boas prestações nesta edição da competição.

Por entre as grandes noites europeias do capitão, a primeira mão em White Hart Lane não mais deverá ser esquecida pelo próprio, que nesse encontro garantiu com uma extraordinária prestação defensiva e dois golos marcados o mais impressionante resultado entre as muitas vitórias conseguidas pelos encarnados e acima de tudo uma bonita noite para o futebol português.

No topo dos feitos encarnados, para além da deslocação a Londres certamente terá de juntar-se a recente meia-final ante a Juventus na qual as bancadas repletas do Estádio da Luz foram um impulso importante para uma decisiva vitória.

Carreira da águia não apresenta sobressaltos mesmo perante colossos como a Juventus

Assim, e apesar de o resultado final de 2-1 que parecia indiciar uma pequena vantagem para os italianos, as águias mantiveram-se no rumo de um regresso a uma conquista europeia que há muito não é obtida perante um rival que por seu turno há muito não acede a uma final internacional.

Essa realidade parece ter representado uma pressão acrescida e até visível pelas ‘manobras de bastidores’ que procurou fazer, porém sem o sucesso de uma equipa que em dois anos de Liga Europa soma apenas duas derrotas, sintomático de um merecido vencedor. Resta confirmá-lo ante o Sevilla.