Depois de disputada a fase de grupos da 2ª eliminatória da Taça da Liga, quatro equipas saíram para as meias-finais e, destas, apenas o Benfica mora a sul: Rio Ave (Grupo A), FC Porto (Grupo B), SC Braga (Grupo C) e Benfica (Grupo D). Nas duas posteriores partidas, Rio Ave x Braga e FC Porto x Benfica, não só saíram os emblemas a figurar na final deste ano, como foram eliminados os dois clubes que protagonizaram a final do ano anterior.

Rio Ave eliminou o vencedor de 2013

Era um Braga diferente, aquele que no ano passado ergueu a Taça da Liga, frente ao derrotado FC Porto. Uma equipa mais sólida, que a actual não chega a fazer sombra. E aproveitando a instabilidade, técnica e moral, dos minhotos, o Rio Ave impôs-se como surpresa nas duas competições paralelas ao campeonato. Num jogo de verdadeiros inimigos, graças a uma rivalidade criada durante os vários embates disputados nesta época, a equipa de Vila do Conde roubou a final ao Braga, com um golo de Braga aos 69 minutos, vencendo por 2-1.

Curiosamente, o Sporting de Braga foi a equipa com o melhor ataque desta Taça da Liga, com 11 golos marcados, para o qual contribuíram as três vitórias na fase de grupos. Quanto ao Rio Ave, foi líder do Grupo A com 7 pontos: duas vitórias, frente ao Paços de Ferreira (2º do grupo) e Sporting da Covilhã (que não pontuou na prova), e um empate ante o Vitória de Setúbal.

Benfica eliminou o Porto, mas poderia ter sido o Sporting

Se o Sporting de Braga foi o melhor ataque da prova, o Benfica deteve o melhor sector defensivo, já que chegou à final sem sofrer nenhum golo. Excepto, claro está, as 3 grandes penalidades marcadas pelo Porto, na decisão prolongada da meia-final (3-4 em g.p). Entre as duas meias-finais decorreram quase dois meses. O Rio Ave soube que estaria em Leiria a 13 de Fevereiro, enquanto a partida em forma de clássico só decorreu a 27 de Abril. O atraso foi decidido após a queixa do Sporting relativamente à classificação do grupo B, episódio que, aliás, marca a presente edição da prova.

Antes da meia-final, no Grupo D, o Benfica totalizou 3 vitórias e os respectivos 9 pontos, deixando para trás o Nacional, o Gil Vicente e o Leixões. Um percurso que se revelou facilitado para a equipa de Jorge Jesus e que tem como reflexo o facto das restantes equipas do grupo totalizarem, juntas, apenas 7 pontos.

Vila do Conde e Lisboa confraternizam, agora, em Leiria, na final da mais recente competição portuguesa e que começa, progressivamente, a ganhar afirmação. As três finais anteriores realizaram-se em Coimbra e as três antecedentes no Estádio do Algarve. O Benfica poderá completar uma mão cheia de Taças da Liga, enquanto o Rio Ave está ao alcance de arrecadar a sua primeira e juntar-se ao Vitória de Setúbal e ao Sporting de Braga, que venceram a primeira e a última edição, respectivamente.