Faz hoje precisamente um ano desde a última vitória da Ferrari num GP de Fórmula 1. A 12 de Maio de 2013, Fernando Alonso subia ao pódio no GP de Espanha. Desde então, a equipa italiana não voltaria a triunfar na modalidade-rainha do desporto automóvel.

E se em 2013 o avassalador domínio foi de Sebastian Vettel (Red Bull), vencendo 13 das 19 provas, assinando inclusive uma série de nove vitórias consecutivas, no início de 2014, Hamilton (Mercedes) tem sido dono e senhor das pistas, levando já quatro vitórias consecutivas em cinco possíveis -- na única ocasião em que não venceu, viu a vitória ser do seu colega de equipa, Nico Rosberg. De há um ano para cá, a Ferrari não conseguiu melhor do que quatro segundos lugares e três terceiros, sempre pelas mãos de Fernando Alonso.

«Infelizmente, não estivemos em posição para lutar por mais pontos nestes últimos 12 meses e precisamos de fazer melhor. Mas não é provável que isso venha a acontecer brevemente, porque hoje fomos dobrados.», confessou o piloto espanhol, que terminou no segundo lugar do mundial de pilotos em 2010, 2012 e 2013, sempre pela Ferrari, com quem ainda não conseguiu vencer o mundial. Ontem, no circuito onde pela última vez venceu, Alonso não foi além do 6º posto.

E ainda que este ano o espanhol esteja em 3º na classificação geral, a 51 pontos do líder Hamilton, e haja ainda 14 GPs por disputar, Alonso parece já ter atirado a toalha ao chão face ao poderio da Mercedes: «Talvez a Mercedes esteja fora de alcance. Temos de apontar ao segundo lugar, se conseguirmos. Temos de trabalhar um bocadinho mais. Parece que estamos mais ou menos onde começámos a época. Trouxemos novas peças, as outras equipas também, e estamos iguais. Precisamos de um extra.»

Com duas semanas até ao lendário e exigente GP do Mónaco, e com o presidente da equipa italiana, Luca di Montezemolo, a pressionar publicamente os técnicos da sua marca, veremos que alterações e que resultados trarão os homens de Maranello ao seu famoso carro vermelho.