O nome pode até ser desconhecido para a maioria mas a verdade é que Jorge Monteiro brilha ao mais alto nível na I Liga do Chipre. O extremo, formado nas escolas do Futebol Clube do Porto, leva já 18 golos em 34 jogos e, como se não bastasse, foi eleito por votação de capitães e treinadores de cada equipa como o melhor jogador da liga cipriota. Mas a época do português, já por si positiva, pode ainda ser melhor.

A cumprir a terceira época no AEL Limassol (e com um campeonato no "bolso") pode, este fim-de-semana, sagrar-se novamente campeão com a equipa cipriota, juntamente com os portugueses Edú e José Embalo. Para isso basta que o AEL empate na receção ao 2º classificado APOEL, num jogo que promete ser escaldante.

Não dá cá dentro, brilha-se lá fora..

Jorge Monteiro é só mais um caso de um jogador em quem as oportunidades no principal escalão do futebol português escassearam ou, simplesmente, não existiram. Não precisando recuar muito e no mesmo campeonato temos o exemplo de Bernardo Vasconcelos ou Marco Paixão, todos atletas que curiosamente lutaram/lutam pelo prémio de melhor marcador da liga cipriota (Bernardo levou mesmo o troféu a época passada). Se têm mais em comum? Só o simples facto que estes jogadores nao tiveram a oportunidade de mostrar as suas qualidades.

Não é ao acaso que o jogador português é do mais cobiçado na Europa, elogiando a qualidade de formação que se faz em Portugal. E felizmente, parece que o paradigma no nosso país está a mudar, existindo hoje um acréscimo de utilização e rentabilização do jogador português no... campeonato português.