No encontro desta Sexta- feira, Aves e Paços não foram além de um empate a zero, num espectáculo pouco empolgante, que foi claramente de final de época. Parece estar difícil descobrir quem irá ocupar a vaga para compor os 18 clubes a disputarem o campeonato 2014/2015 mas tudo ficará obrigatoriamente decidido, na próxima quarta-feira no reduto pacense. Do lado do Aves, Quim, Jorge Ribeiro e Pedro Pereira são as principais figuras, sendo que o guardião internacional português foi um dos principais destaques desta 1ª mão, ao contrariar as principais estrelas pacenses, como Bebé, Seri e Sérgio Oliveira. As perspectivas para a 2ª mão são de um ligeiro favoritismo para os castores de Jorge Costa e poderá pesar a experiência deste conjunto, sem nunca esquecer a ambição e o atrevimento que o Aves demonstra neste playoff.

Paços domina um jogo monótono

O estádio do Clube Desportivo das Aves foi palco da 1ª mão do playoff de acesso ao principal campeonato do futebol português, com Aves e Paços a discutirem a vaga. O desinteressante encontro terminou como começou, com ascendente territorial para os forasteiros do Paços que tiveram ao seu dispor as melhores oportunidades para ganhar vantagem na eliminatória. Os primeiros 45 minutos foram totalmente dominados pelos castores, com destaque para o equilíbrio que Seri impôs no meio campo pacense, o que permitiu a Sérgio Oliveira e a Bebé ganharem espaços para alvejar a baliza do seguríssimo e veterano Quim. Aos 21 minutos, relevo para um tiro de Sérgio Oliveira que permitiu uma defesa atenta de Quim.

Este lance empolgou ainda mais os pacenses e com o grande desequilibrador e talentoso Bebé, a dispor de duas oportunidades flagrantes para bater a grande figura do Aves, o guardião Quim (remates aos 23’ e 33’ minutos). Para os da casa, registo apenas para o único remate digno desse nome somente aos 43 minutos, por intermédio de Pedro Pereira. O intervalo chegou e o Paços apenas se pode queixar de si mesmo por não ter concretizado as oportunidades que criou.

O segundo tempo mostrou novamente a supremacia do Paços, com um duelo particularmente interessante entre Bebé e Quim. O tecnicista e veloz avançado dispôs de várias oportunidades para balançar as redes do guardião mas, como o nulo veio comprovar, o guarda-redes parece não ter esquecido “como se faz” e, com várias paradas de qualidade, mantém viva a esperança da sua equipa subir ao principal escalão do futebol português. O único motivo de interesse do ataque do Aves pertenceu, neste segundo tempo, ao experiente Jorge Ribeiro que, com alguns cruzamentos, ainda chegou a assustar o último reduto pacense. Mais uma vez, os castores apenas se poderão queixar da sua falta de eficácia, no entanto, terão a vantagem de decidir este playoff no seu reduto.

Experiência de Quim e Jorge Ribeiro é a luz ao fundo do túnel

A equipa do Desportivo das Aves foi uma das formações mais regulares e organizadas do 2ª escalão do futebol português e terminou essa mesma Liga no 4º lugar, com 71 pontos. Em 42 jornadas, a equipa nortenha marcou 46 tentos, tendo sofrido apenas 35. Estas estatísticas revelam que este conjunto não é extraordinariamente ofensivo mas não deixa de ser eficaz, sendo reconhecido por aproveitar as poucas oportunidades que tem. O principal destaque ofensivo vai para o avançado Pedro Pereira que concretizou 12 golos e foi o melhor marcador durante toda a época. O forte deste emblema é sem dúvida o último reduto, com relevo para o inevitável Quim que, aos 38 anos foi, em conjunto com Jorge Ribeiro, um dos obreiros de uma das defesas menos batidas da 2ª Liga. A experiência destes atletas e a eficácia do avançado Pedro Pereira dão esperança à massa associativa avense em subir à Primeira Divisão.

Bebé: o craque que dá esperança à capital do móvel

Numa temporada em que os castores conheceram três treinadores diferentes (Costinha,Henrique Calisto e, actualmente, Jorge Costa) a presença nas competições europeias revelou-se desastrosa depois do surpreendente 3º lugar da época anterior, sob a alçada de Paulo Fonseca. Esta temporada de 2013/2014 foi catastrófica e prova disso é este playoff que irá decidir o futuro dos castores na Liga Zon Sagres. A experiência do treinador Jorge Costa, aliada à segurança de Seri no meio-campo e à irreverência de Sérgio Oliveira e Bebé na frente de ataque são os principais trunfos para um clube que está habituado a jogar no principal escalão do futebol português. A equipa do Paços sofreu em 30 jornadas 59 golos, tendo marcado apenas 28. Com um último reduto frágil valeu ao Paços a grande estrela, Bebé que, com 12 tentos se sagrou o melhor marcador do seu emblema, sendo a principal seta apontada para a partida da próxima Quarta- feira, que irá decidir, finalmente, quem irá disputar a Liga Zon Sagres 2014/2015.

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