O Atlético de Madrid comemorou ontem a décima conquista da Liga espanhola, ao bater o Barcelona, seu perseguidor directo na luta pelo título nacional. Os madrilenos colocaram assim fim a um deserto de dezoito anos sem vencer a liga de Espanha: desde a temporada de 1995/1996 que a formação colchonera não celebrava a conquista do campeonato, que surgiu na referida época através do comando de Radomir Antic. Diego Simeone, actual responsável técnico pelo sucesso do clube da capital, alinhava no onze do treinador croata. Agora treinador da equipa rojiblanca, Simeone volta a celebrar, quebrando a hegemonia repartida de Barcelona e Real Madrid.

O jogo de ontem, em Camp Nou, decidia a época para os dois clubes: ao Barcelona só interessava a vitória, enquanto que o Atleti contentar-se-ia com um empate, que lhe daria a garantia da conquista do título. Assim foi: Alexis Sanchéz abriu a contagem com um tiro fulminante que surpreendeu Courtois, mas a raça madrilena empurrou o Atlético para a baliza do Barcelona, Godín usou a cabeça para igualar o jogo e dar vantagem aos forasteiros. O resultado não se alteraria mais, apesar da pressão (atabalhoada e pouco assertiva) dos catalães, que tiveram em Messi um mágico desinspirado e um colectivo pouco interligado.

Os colchoneros tiveram que lidar com várias contrariedades, que atacaram logo nos minutos iniciais da partida: o goleador Diego Costa lesionou-se e teve de ser substituído (por Adrián). Para agravar ainda mais a tarefa do Atlético, o médio turco Arda Turan saiu igualmente com uma lesão, ainda na primeira parte. Mesmo com esses contratempos, os madrilenos fizeram a festa no final.